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MIT cria novo sistema solar que extrai água potável do ar

Apear da quantidade de água que existe no nosso planeta, a verdade é que apenas é potável uma ínfima parte dela. Assim, sendo este um recurso escasso, devemos poupar o mais possível, tomando decisões conscientes face ao seu uso… ou arranjando formas de a “multiplicar”.

Por isso, o MIT criou um sistema que pode extrair água potável diretamente do ar, mesmo nas regiões mais secas.


Dispositivo que aproveita o ar para gerar água do MIT

Há cerca de 3 anos, uma equipa desenvolveu, no MIT, um desenho de um sistema que poderia tornar-se uma fonte de água potável em regiões onde esta é escassa, sazonal ou até mesmo nula. Hoje, os investigadores aumentaram o desempenho do sistema outrora desenhado.

Através dele, pode ser possível extrair água potável do simples ar que respiramos. Isto, mesmo que o aparelho esteja instalado em zonas mais secas ou remotas, onde o acesso à água e à eletricidade representa um problema.

Conforme explicou o MIT, o dispositivo anteriormente desenvolvido tirava partido da diferença de temperatura dentro do engenho, de modo a permitir que um material absorvente extraísse humidade do ar durante a noite e a libertasse no dia seguinte.

Quando esse material absorvente, que recolhe líquido da superfície, é aquecido pela luz solar, a diferença de temperatura atua como fator essencial. Ou seja, esta desigualdade entre a temperatura da parte superior aquecida e a parte inferior à sombra faz com que a água seja novamente libertada do material absorvente. Posteriormente, a água condensa e é recolhida.

Upgrade mais barato e eficiente

De acordo com o MIT, o dispositivo anteriormente projetado exigia a utilização de materiais caros e escassos, os MOF. Então, o sistema não era simples e prático. Agora, com uma nova abordagem que incorpora uma segunda fase de dessorção e condensação, a produção dos dispositivos é significativamente mais fácil. Além disso, os investigadores do MIT encontraram um material absorvente que é de fácil reabastecimento.

Ao invés de utilizar os MOF, a adaptação mais recente do sistema utiliza um material absorvente chamado zeólito. Este é um material facilmente encontrado, estável e possui as propriedades absorventes certas para tornar o sistema eficiente.

MIT: sistema funciona através de duas fases

Alina LaPotin, estudante do instituto, desenvolveu uma proposta em duas fases, utilizando de forma inteligente o calor gerado sempre que a água muda de estado. Aliás, na opinião da estudante, o sucesso deste método está exatamente aí.

Então, o calor do sol é recolhido por uma placa de absorção solar instalada no topo do dispositivo. Esta, aquecendo o zeólito, liberta a humidade que o material capturou durante a noite. Posteriormente, esse vapor condensa e a água é recolhida.

Sendo a placa para onde é recolhida a água uma folha de cobre, está diretamente acima e em contacto com a segunda camada de zeólito, onde o calor da condensação é utilizado para libertar o vapor dessa camada subsequente. De acordo com a estudante, as gotículas de água recolhidas podem ser canalizadas em conjunto.

Contrariamente ao que acontecia no sistema inicial, o novo consegue funcionar com níveis de humidade muito baixos. Além disso, não precisa de qualquer outra fonte de energia que não a luz solar.

Assim sendo, agora que é um sistema efetivamente eficiente, poderão ser testados novos absorventes que permitam que a produção seja feita em grande escala.

 

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