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Material mais duro do que um diamante é desenvolvido por cientistas

O diamante é comummente conhecido como o mineral mais duro da Terra, sendo também um dos mais valorizados. Como quem gosta de ir constantemente além do comum, um grupo de cientistas criou um novo material que é, alegam eles, mais duro do que o diamante.

Este material pode servir, por exemplo, para construir janelas à prova de bala, sendo 20 a 100 vezes mais resistente do que as versões atuais.


Uma equipa de cientistas da Yanshan University, em Qinhuangdao, China, desenvolveu, segundo alega, o material mais duro do mundo – o AM-III transparente com uma tonalidade amarela. De acordo com um novo relatório do South China Morning Post, este novo material é capaz de deixar um arranhão profundo na superfície de um diamante.

O material desenvolvido pelos cientistas é inteiramente feito de carbono e atingiu 113 gigapascais (GPa) no teste de dureza. Para referência, os diamantes naturais têm, normalmente, uma pontuação entre 50 e 70 nessa escala. O professor Tian Yongjun e a sua equipa criaram este material, um cristal de nitreto de boro, em 2013.

Apesar de o novo material não estar a ponto de substituir os diamantes como material altamente procurado para joias, os cientistas acreditam que a sua dureza poderá ser útil para criar, por exemplo, janelas à prova de bala. Isto, porque é 20 a 100 vezes mais duro do que algumas versões, atualmente, disponíveis. Contudo, antes disso, a equipa tem de realizar mais testes.

Por forma a criar o material, Tian e os seus colegas aumentaram a pressão numa câmara experimental para 25 GPa e temperaturas de 1.200 graus Celsius. Além disso, utilizaram um material chamado fullerene, uma alotropia de carbono em forma de bola de futebol, que normalmente se transformaria em diamante em tais condições. No entanto, eles aumentaram gradualmente o calor e, depois, também lentamente, arrefeceram o material, conduzindo aos resultados desejados.

Além de ser, alegadamente, o material mais duro, é também um semicondutor. Por isso, segundo os cientistas, pode vir a ser utilizado em dipositivos fotoelétricos, incluindo armas que precisem de funcionar em condições extremas. Conforme explicou Tian Yongjun, os átomos do material, tanto estão suficientemente desordenados para permitir que seja um semicondutor, como estão suficientemente alinhados concedendo-lhe a rigidez. Os cientistas acreditam que essa mistura de (des)alinhamento estrutural poderá ser muito útil, em várias áreas e contextos.

Pode aceder ao estudo completo aqui.

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