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Maior alinhamento de Júpiter e Saturno acontece esta segunda-feira

O fenómeno acontece a cada 20 anos, mas os planetas Júpiter e Saturno já não estavam tão próximos desde 1623. Tal conjugação irá já acontecer esta segunda-feira e será visível a partir dos Açores, garante o Observatório Astronómico de Santana – Açores (OASA).

Vai ser possível observar o fenómeno com um telescópio, binóculos “de brincar” e até a “olho nú”.


Poderá ser possível ver a conjugação de Júpiter e Saturno a “olho nu”

Com a aproximação ao Natal, e no dia do solstício de inverno, este alinhamento reveste-se de especial relevância, já que há quem o compare com a estrela que guiou os Reis Magos. Para observar tal fenómeno, o ideal será usar um telescópio, mas “a olho nu” e “num céu com muito pouca poluição luminosa e numa noite com boas condições meteorológicas, vai ser possível ver os dois planetas tão juntos que vai parecer apenas um”, revela Pedro Garcia, técnico de comunicação do OASA.

Também uns binóculos, que “até podem ser daqueles de brincar”, podem ajudar. “Se os binóculos tiverem alguma dimensão, 50×70, vão já conseguir ver as luas de Júpiter e perceber que Saturno tem umas ‘orelhas’, que são os anéis”, garante o técnico.

Há 20 anos, em 2000, “estes dois planetas estiveram muito perto, ao ponto que conseguíamos pôr um dedo mindinho entre os dois, que é mais ou menos um grau no céu. Desta vez, se pusermos um dedo mindinho, vamos conseguir tapar os dois planetas, o que quer dizer que é mesmo, mesmo, muito próximo”.

Face à pandemia, o OASA não irá abrir portas, devido às restrições impostas. No entanto, o responsável deixa algumas sugestões para quem quiser observar o alinhamento. O fenómeno acontece por volta das 17:30 nos Açores (18:30 em Portugal continental), mas Pedro Garcia aconselha a que se comece a acompanhar o fenómeno a partir das 15:30 (16:30 em Lisboa). “A partir das 19:00, os objetos (planetas) já estarão a tocar no horizonte e vão desaparecer ao longo da noite”.

Quanto à sua posição, “o objeto vai ser visto a sudoeste. Depois de o sol se pôr, mais ou menos na mesma posição”, adianta.

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