Uma jovem brasileira de 22 anos, Verena Paccola Menezes, descobriu 25 asteroides. Um deles, classificado como raro pela órbita diferenciada que poderá colocá-lo na direção da Terra.
A estudante de medicina passa muito do seu tempo entre os microscópios e telescópios. Nos momentos livres, Verena é uma “caçadora de asteroides”.
25 asteroides descobertos numa assentada
Uma jovem brasileira, aluna de Medicina na Universidade de São Paulo (USP), que em 2019 representou o Brasil na Assembleia da Juventude nas Nações Unidas (ONU), descobriu a sua paixão pela astronomia depois de se juntar a um grupo de WhatsApp onde o assunto era caçar asteroide.
Tal como milhares de outros entusiastas, a jovem Verena Paccola Menezes utilizou software dedicado à caça de asteroides. As imagens para serem tratadas eram tiradas por um telescópio do Havai.
Conforme refere Verena, cada pacote de imagens feitas pelo telescópio era composto de quatro imagens tiradas com diferença de segundos. Então, ela agarrava nesse pacote de imagens e o lançava-o no software que as catalogava por ordem.
Como as imagens tinham diferença de tempo, era percetível que algumas coisa se movia no espaço.
Quando Verena encontrava algum minúsculo ponto que se movimentava, fazia a análise numérica do objeto para perceber se ele se encaixava nos padrões de um asteroide.
Caso o resultado fosse positivo, ela gerava um relatório e enviava-o ao centro internacional que estuda estas descobertas em Harvard (EUA).
Descoberta de rocha rara que pode estar em direção a Terra
Foi numa destas rotinas que a brasileira descobriu 25 novos asteroides. Diante do feito, foi convidada, em dezembro do ano passado, a receber uma medalha de ordem ao mérito, dada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, em Brasília, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Foi ali que me contaram que eu havia descoberto um asteroide importante e raro, que segue uma órbita diferente em torno do Sol.
Referiu Verena.
Normalmente os asteroides do Sistema Solar estão localizados entre Marte e Júpiter, onde fica o chamado Cintura Principal. Um dos asteroides descobertos por Verena seguia uma órbita diferente da dos demais, o que aumenta as possibilidades da sua rota coincidir com a do planeta Terra.
“Agora temos de ver para onde ele vai, de forma a prever possíveis impactos com a Terra. Não sei se isso vai acontecer. A possibilidade existe, mas se olharmos para as dimensões do Universo, vemos que a probabilidade é muito pequena.
Referiu a jovem, esperançosa de que a sua descoberta não seja algo apocalíptico semelhante à história contada no filme Não olhem para cima.