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Investigadores portugueses descobrem exoplaneta com metade da massa de Vénus

Portugal volta a ser notícia na área da exploração espacial. Investigadores do IA/U.Porto descobriram recentemente um exoplaneta com metade da massa de Vénus.

A descoberta foi realizada através do espectrógrafo ESPRESSO e pode representar um passo importante na busca de vida em planetas do tamanho da Terra fora do Sistema Solar.


Exoplaneta com a menor massa medido com o método das velocidades radiais

Três exoplanetas, semelhantes aos planetas interiores do Sistema Solar, foram revelados nas mais recentes observações do sistema L98-59, conduzidas por uma equipa internacional, liderada pelo investigador Olivier Demangeon, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

No artigo publicado na revista Astronomy & Astrophysics, os investigadores descrevem um desses exoplanetas como tendo metade da massa de Vénus

Este é o exoplaneta com a menor massa medido com o método das velocidades radiais, sendo ainda menor do que a Terra.

Esta medição só foi possível devido aos muitos anos de melhorias dos instrumentos e das técnicas de análise de dados, para as quais os membros do IA deram contribuições importantes

Além deste planeta e de um outro mundo oceânico, a equipa descobriu outros exoplanetas que até agora não tinham sido detetados neste sistema planetário. Foi ainda descoberto um quarto planeta.

Vida fora do planeta Terra pode vir a ser possível…

Esta descoberta representa um importante passo em frente na busca de vida em planetas do tamanho da Terra fora do Sistema Solar. A deteção de sinais da presença de vida, as chamadas bioassinaturas, num exoplaneta depende muito da capacidade de os astrónomos estudarem a sua atmosfera.

No entanto, os telescópios atuais não têm ainda diâmetro suficiente para atingir a resolução necessária, para que se possa levar a cabo este tipo de estudo em pequenos planetas rochosos.

O sistema planetário L98-59, a apenas 35 anos-luz de distância da Terra é por isso um bom alvo para futuras observações de atmosferas de exoplanetas, refere o comunicado. A equipa utilizou o instrumento ESPRESSO para estudar o sistema L 98-59 e conseguiu inferir que três dos planetas podem conter água no seu interior ou na sua atmosfera.

IA/U.Porto

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