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Godzilla: satélite capta gigantesca nuvem laranja que viaja do Saara ao Atlântico

Nesta altura as nuvens de poeira com origem no deserto do Saara são relativamente frequentes. Conforme foi notícia há dias, Portugal poderia estar no caminho dos ventos que levavam as poeiras do deserto africano até às caraíbas. Agora, os satélites identificaram a Godzilla. Esta é uma nuvem de poeira e areia que vem dos desertos mais remotos para explorar o Oceano Atlântico. Os satélites da ESA capturaram tudo.

Pelas imagens, Portugal efetivamente não esteve no caminho das areias. As imagens são esclarecedoras e mostram um rasto extraordinário de poeira.


Godzilla, a nuvem gigante de poeira e areia vinda do Saara

O nome Godzilla está associado a algo grande, gigante mesmo, apareceu com o famoso monstro do cinema japonês. Contudo, este nome é utilizado para simbolizar fenómenos enormes e impressionantes. É exatamente o caso dessa gigantesca nuvem laranja, composta de areia, poeira e terra que se originou no deserto do Saara e atualmente cruza o Oceano Atlântico.

A Godzilla foi acompanhada de perto pela comunidade científica e, graças ao apoio da Agência Espacial Europeia (ESA), foi possível documentar a sua carreira através de imagens de satélite.

Durante a importante jornada, foram efetuadas diferentes captações com diferentes plataformas para apreciar a trajetória de Godzilla, demonstrando que é um fenómeno incomum. Assim, estiveram ao serviço os satélites da ESA Copernicus Sentinel e Aeolus foram responsáveis ​​por recolher todo o material observado.

Segundo as informações da ESA, o evento deu-se entre 1 e 26 de junho deste ano de 2020 e mostrou como a nuvem Godzilla percorreu quase 8 mil quilómetros. Desde a sua origem no deserto até a sua chegada às Caraíbas, Estados Unidos e parte da América do Sul.

A título de curiosidade, de acordo com o Laboratório Oceanográfico e Meteorológico Atlântico da NOAA, a nuvem de poeira estava entre 60 a 70% mais poluída que a média, tornando-a o evento mais polémico desde que os registos começaram, há cerca de 20 anos.

A poeira é uma importante fonte de nutrientes essenciais para as plantas marinhas microscópicas de fitoplâncton que flutuam sobre ou perto da superfície do oceano. Alguns dos minerais da poeira caem no oceano, provocando a formação de fitoplâncton na superfície do oceano, que, por sua vez, fornece alimento para outras formas de vida marinha.

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