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Escala de Richter: como funciona e com que magnitudes deve preocupar-se?

Ouvimos falar dela desde a escola e sabemos, mais ou menos, para o que serve. Contudo, sabe como funciona a escala de Richter e a partir de que magnitudes deve, de facto, preocupar-se com os sismos? Não se deixe assustar pelos números e entenda!


Concebida para determinar as forças envolvidas num sismo com uma magnitude entre 2,0 e 6,9, que ocorra nos primeiros 400 quilómetros de profundidade, a escala de Richter é a escala logarítmica mais conhecida de todos os tempos. Esta serve, conforme vemos surgir em notícias e relatos, para medir a magnitude dos sismos.

Apesar de ouvirmos falar dela de forma relativamente regular, categorizando sismos pelo mundo inteiro, é natural que não compreendamos, de facto, a que se refere – ainda mais, num país como Portugal, onde fenómenos como o de hoje não são frequentes.

 

O que é a escala de Richter?

Recapitulando, a escala sismológica de Richter, também conhecida como escala de magnitude local, é uma escala logarítmica utilizada para quantificar a energia libertada por um sismo. Segundo o National Geographic Portugal, foi criada pelo sismólogo Charles Francis Richter, em conjunto com o sismólogo germano-americano Beno Gutenberg, em 1935.

A mesma fonte explica que, ao contrário das escalas lineares, em que cada grandeza tem o mesmo comprimento que a anterior (ou seja, representa o mesmo valor), nas escalas logarítmicas cada grandeza sucessiva tem um valor muito superior à grandeza anterior. No caso da escala de Richter, é 100.

Isto significa que, se tivermos dois sismos com uma magnitude de 3 e 6 respetivamente, a energia libertada pelo segundo sismo não será o dobro da do primeiro, mas sim 1.000.000 de vezes superior.

Apesar de a escala de Richter ser amplamente utilizada, importa olhá-la com “extrema cautela”, segundo o National Geographic Portugal, uma vez que os possíveis efeitos de um sismo não dependem exclusivamente da sua magnitude, mas também de outros parâmetros como a distância do epicentro, a profundidade a que ocorre e as condições geológicas do local.

 

A partir de que magnitude deve preocupar-se?

 

Escala de Richter foi considerada obsoleta pelos sismólogos

Embora seja a escala por via da qual vemos os sismos categorizados, no início do século XXI, muitos sismólogos consideraram a escala de Richter obsoleta. Isto, porque foi concebida para medir sismos relativamente fracos, entre magnitudes de 2,0 e 6,9, e é difícil relacioná-la com as características físicas da origem do fenómeno.

Por estes motivos, substituíram-na por uma escala mais adequada, conhecida como escala sismológica de magnitude de momento. Esta baseia-se, contrariamente à de Richter, na medição da energia total libertada num terramoto. Foi introduzida por Thomas C. Hanks e Hiroo Kanamori, em 1979, como sucessora da escala sismológica de Richter.

Uma das vantagens é que, além de corresponder e manter os parâmetros da escala sismológica de Richter – pelo que ambas as escalas coincidem até valores de 6,9 -, é utilizada para ponderar a energia libertada em sismos de magnitude superior a 6,9.

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