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Empresa quer cultivar embriões humanos para garantir órgãos para transplantes

Uma vez aliada à medicina, a tecnologia pode solucionar muitos problemas e dar resposta a muitas necessidades. As alternativas à doação de órgãos têm sido procuradas e esta é mais uma ideia: a Renewal Bio quer cultivar embriões humanos para dar resposta à escassez.

Além disso, pretende ser uma resposta para doenças como a infertilidade.


A empresa de biotecnologia Renewal Bio quer criar embriões humanos sintéticos. De acordo com os investigadores, o objetivo passa por facilitar os transplantes, bem como ajudar em questões de fertilidade, doenças genéticas e envelhecimento.

Baseada em Israel, a empresa alegou ter utilizado, com sucesso, uma tecnologia avançada de células estaminais e úteros artificiais, por forma a cultivar embriões de rato. Segundo o MIT Technology Review, estes permaneceram vivos até desenvolverem batimentos cardíacos, fluxo sanguíneo e um pouco do cérebro.

Embriões de rato dentro de um útero mecânico, em 2021

A equipa acredita que esta foi a primeira vez que um embrião sintético foi criado e mantido até uma fase tão avançada, sem a utilização de qualquer esperma, óvulos ou úteros.

O embrião é a melhor máquina de fazer órgãos e a melhor bioimpressora 3D – tentámos imitar o que ele faz.

Disse Jacob Hanna, investigador do Weizmann Institute of Science, em Rehovot, Israel, e fundador da Renewal Bio, acrescentando que o processo realizado pelos cientistas poderá ajudá-los a compreender melhor a formação de órgãos em fases mais precoces, e que a empresa pretende aplicar a mesma tecnologia a embriões humanos.

Isto está a proporcionar uma alternativa ética e técnica à utilização de embriões.

Referiu ainda Hanna.

Por haver “sempre uma zona cinzenta”, como refere o professor Paul Tesar, geneticista da Case Western Reserve University, os investigadores estão preocupados com as implicações éticas desta replicação sintética, alertando que poderá ser necessária regulamentação que assegure que os avanços da tecnologia não extrapolam nesse sentido.

O estudo pode ser consultado aqui.

 

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