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Dispositivo “vestível” que pode arrefecer ou aquecer o corpo humano rapidamente

Estamos na era dos dispositivos “que se vestem” e já não nos surpreendemos com determinados projetos mais arrojados. Nesse sentido, ficamos a conhecer um dispositivo vestível que analisa a temperatura do nosso corpo e consegue climatizar-nos automaticamente.

Vamos conhecer melhor um gadget que é refrigerador/aquecedor concebido pela Universidade de S. Diego, nos Estados Unidos.


Dispositivo de arrefecimento ou aquecimento que pode “vestir”

O equipamento em causa está preparado para poder arrefecer ou aquecer o utilizador. Desta forma, o gadget pode funcionar como uma espécie de termostato pessoal e economizar energia.

Engenheiros da Universidade da Califórnia desenvolveram um adesivo vestível. Segundo as informações, este equipamento pode fornecer arrefecimento ou aquecimento personalizado em casa, no trabalho ou em qualquer lugar. Além disso, o adesivo macio e elástico refresca ou aquece a pele de um utilizador a uma temperatura confortável e mantém-na mesmo quando a temperatura ambiente muda.

 

Tecnologia que pode ser incluída na nossa roupa

O dispositivo é alimentado por uma bateria flexível e extensível e pode ser incorporado no vestuário. Segundo os investigadores, usar este “termostato” poderá ajudar a economizar energia em ar condicionado e aquecimento.

Se usar este dispositivo pode fazer com que se sinta confortável dentro de uma faixa de temperatura mais ampla, o utilizador não precisará diminuir o termostato tanto no verão ou aumentar o calor no inverno.

Referiu Renkun Chen, professor de engenharia mecânica e aeroespacial da UC San Diego. Conforme referido, uma pessoa a usar este dispositivo pode manter a temperatura definida de uma sala 12 graus acima do que normalmente teria, sem necessidade de ligar a refrigeração. Nesse sentido há efetivamente um impacto nos custos de climatização dos edifícios em cerca de 70%.

 

 

Dispositivo vestível de uso pessoal para gestão térmica

A fim de ser simples e barato, o dispositivo é alimentado por uma bateria flexível composta por um conjunto de células tipo moeda e é construída em torno de um adesivo de 5 x 5 cm feito de pilares de liga termelétrica (telureto de bismuto) soldados a tiras de elétrodo de cobre finas e alojadas entre duas folhas de elastómero que são projetadas para conduzir o calor.

Desta forma, uma corrente elétrica faz com que o calor se mova de uma folha de elastómero para a outra. Assim, e à medida que a corrente flui sobre os pilares de telureto de bismuto, o calor é acionado. Como resultado dessa ação, de um lado da folha fica quente e do outro frio.

Para fazer o arrefecimento, temos o calor atual da bomba do lado da pele para a camada voltada para fora. Para fazer aquecimento, apenas invertemos a corrente para que as bombas de calor se movam na outra direção.

Referiu Renkun Chen, responsável pelo projeto.

Para testar o dispositivo, os engenheiros inseriram um protótipo do dispositivo numa braçadeira de malha e colocaram-na no braço do autor do estudo, Sahngki Hong. A braçadeira arrefeceu a sua pele até uma temperatura definida de 32 °C em alguns minutos. Dessa forma foi possível manter a pele nessa temperatura enquanto a temperatura ambiente foi descida até aos 22 ºC e depois elevada até aos 36 ºC.

 

 

Não é novidade, mas a ideia é diferente

Em abono da verdade, este tipo de dispositivos não são novos. Existem pelo menos dois projetos muito interessantes nesta área. Um deles é o Aircon, uma espécie de smartwatch climatizador. Além deste há o projeto Embr Wave, na mesma linha de braceletes de pulso de climatização. Contudo, este pretende ir mais longe e a todo o corpo.

Este vestível de termorregulação personalizada em vez de se focar só numa parte do corpo, como são os exemplos em cima, tem como objetivo ser mais abrangente. A finalidade deste projeto é ampliar o dispositivo para um wearable do tamanho de um colete.

O adesivo mede 5 × 5 centímetros de tamanho e usa até 0,2 watts de energia. A equipa de Chen estima que seriam necessários 144 adesivos para criar este tal colete. Assim, seriam necessários cerca de 26 watts no total para manter um indivíduo frio num dia quente médio (durante o calor extremo, o uso de energia estimado subiria até 80 watts, o que é cerca de quanto um portátil usa). Em comparação, um sistema convencional de ar condicionado usa dezenas de quilowatts para refrescar um escritório inteiro.

Portanto, este tipo de tecnologia poderia ser adaptada ao vestuário, a um casaco, a uma camisa, que poderia regular a nossa temperatura envolvente de forma a nos manter sempre confortáveis. Por outro lado, os materiais usados estão cada vez mais acessíveis para os colocar em formatos diversos, desde uma pulseira a uma braçadeira ou mesmo um chapéu, ou sapato.

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