A COVID-19 deixou um rasto de ânsia, havendo quem tema o seu regresso e, consequentemente, o de toda a logística que resultou da pandemia. Assim sendo, os peritos responderam se devemos temer uma nova vaga neste outono e inverno que se aproximam.
O número de casos de COVID-19 não estagnou, tendo, pelo contrário, aumentado, durante o verão, em vários países europeus. Segundo a Euronews, entre as razões está a redução da imunidade que havia sido conquistada com as vacinas, mas também o aparecimento de novas variantes.
Seja qual for o motivo para o aumento de casos, a perspetiva dos peritos é unânime: a melhor forma de combater a doença continuam a ser as vacinas.
A COVID-19 continua a existir. Não devemos entrar em pânico, mas devemos garantir a vacinação. O continente está preparado. Claro, a grande ressalva é se – esperemos que não – haverá uma mutação, que será um pouco mais perigosa e se espalhará rapidamente. Na melhor das hipóteses, é um pouco como um cenário de gripe.
Explicou Hans Henri P. Kluge, diretor regional da Organização Mundial da Saúde para a Europa.
Mais, clarificou que, à semelhança do que era aconselhado aquando da pandemia, a “atenção deve centrar-se nas pessoas vulneráveis, porque deixámos demasiadas pessoas para trás, especialmente nas instalações de cuidados prolongados”.
Além de a vacina ser consensual, enquanto arma de combate, também o é que a COVID-19 já não é perigosa para os europeus:
Não penso que a Europa esteja em perigo. Só as pessoas, os países com uma fraca cobertura de vacinação continuarão em perigo de registar aumentos na doença, uma doença clínica significativa e hospitalizações.
É verdade que está a ser desenvolvida uma nova geração de vacinas, que esperamos receber até ao final deste mês. Mas as pessoas devem ter a certeza de que as vacinas que receberam já as estão a proteger muito bem contra doenças graves.
Esclareceu Quique Bassat, investigador do Instituto de Saúde Global de Barcelona.
Embora as vacinas tomadas na altura da pandemia continuem a proteger as pessoas, a Comissão Europeia aprovou outra, recentemente, concebida para combater uma subvariante do Ómicron.
Para Stella Kyriakides, comissária europeia para a Saúde e Segurança Alimentar, “uma União de Saúde Europeia forte significa que todos nós trabalhamos em conjunto para fazer face a uma situação de saúde pública”.
Nesse sentido, aconselhou os cidadãos a seguirem os conselhos que lhes forem sendo dados pelos médicos, relativamente à necessidade de serem vacinados ou não.
Afinal, pode não ser COVID-19, manifestando-se apenas uma gripe. Contudo, “temos de nos proteger mutuamente na difícil época de outono e inverno que pode estar para vir”.