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Depois de 100 anos, está à vista uma nova vacina contra a tuberculose!

Infelizmente, existem doenças muito prevalentes, e a tuberculose é uma delas. Depois de 100 anos a utilizar a mesma vacina, poderá estar uma nova à vista.


A tuberculose é uma infeção transmitida por via aérea e, por isso, apenas são contagiosas as pessoas com tuberculose pulmonar ou laríngea. Cada vez que um destes doentes tosse, espirra ou fala, liberta pequenas gotículas que transportam o bacilo de Koch.

Atualmente, é um dos maiores problemas mundiais de saúde pública, morrendo, ainda hoje, mais pessoas por tuberculose do que por qualquer outra doença infeciosa curável.

 

Nova vacina contra a tuberculose a caminho

Estima-se que surjam nove milhões de novos casos, por ano, e que, destes, 1,8 milhões acaba por morrer. Na Europa, existem cerca de 500 mil tuberculosos, adoecem diariamente cerca de mil pessoas e morrem, por ano, cerca de 40 mil.

Por tudo isto, e apesar de ser uma doença curável, cujo tratamento é acessível e barato, é importante prevenir o seu aparecimento, nomeadamente, por via de vacinas.

A comunidade médica tem contado com a centenária Bacillus Calmette–Guérin (BCG), mas a sua proteção é limitada, especialmente contra a tuberculose pulmonar em adultos e adolescentes. Apesar de a necessidade ser urgente, acumulam-se entraves: financiamento limitado, inércia política e obstáculos logísticos no acesso ao tratamento.

Embora seja historicamente significativa, a BCG não consegue dar resposta às complexidades atuais da doença. Por isso é que a Wellcome e a Fundação Bill & Melinda Gates decidiram canalizar recursos para uma nova vacina, a M72. A primeira tenciona investir 191 milhões de dólares e a segunda 509 milhões de dólares.

Este investimento irá financiar o ensaio clínico de Fase 3, previsto para 2024, que visará regiões com elevada prevalência de tuberculose, incluindo África e o Sudeste Asiático. O âmbito do ensaio é alargado, devendo incluir diversos grupos, como os que sofrem de tuberculose latente e os indivíduos que vivem com VIH.

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