A carne impressa não é consensual, mas, ainda assim, o desenvolvimento de alternativas à proteína animal não parou. Agora, há também o chamado salmão vegan, obtido através de impressão 3D.
Para uns, a carne vegetal é uma alternativa saudosa à proteína animal que excluíram da sua alimentação. Para outros, não é sequer uma alternativa a ser considerada, sendo antes uma afronta à “verdadeira carne”.
Para ambos, importa saber que o mundo pula e avança, e que, além da carne, há também outras opções a serem desenvolvidas artificialmente.
Por exemplo, o salmão impresso em 3D, desenvolvido pela Revo Foods. Esta startup austríaca é liderada por jovens entusiastas, que prometem produtos com elevado valor nutricional, sem comprometer o ecossistema marinho.
Imprimindo em 3D aquilo a que chamam de salmão vegan, procuram reduzir a sobrepesca e, dessa forma, aliviar a pressão sobre os oceanos.
Lançado em novembro de 2021, o “The Filet”, é feito de proteína de cogumelo. Normalmente, as alternativas vegetais de frango e carnes vermelhas são constituídas por proteína de ervilha ou de soja.
Por ter uma textura e estrutura muito específica de tecidos e componentes gordos, o salmão requer atenção aos detalhes. Considerando isto, foi na proteína de cogumelo que a startup encontrou a melhor forma de reproduzir a experiência sensorial de comer salmão. Isto, em termos de sabor, textura, aroma e forma.
Relativamente ao valor nutricional, que pesa na escolha deste tipo de alternativas, a startup defende que o seu salmão é rico em proteínas e ácidos gordos ómega 3.
Depois, os claros benefícios ambientais: a Revo Foods já conseguiu salvar, segundo dados de agosto de 2023, 18.908 peixes.
Este trabalho resultou de uma colaboração entre a Revo Foods e a startup sueca Mycorena. Juntas desenvolveram um ingrediente, conhecido como “Promyc”, especificamente destinado à impressão 3D de alimentos. A Revo Foods afirma ter desenvolvido a primeira tecnologia de impressão 3D em massa para a produção de alimentos, através da sua tecnologia 3D-MassFormer.
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