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Curiosidade: Bioimpressão de órgãos a 3D… é possível

Uma empresa Americana ligada a biologia, chamada “Organovo”, de San Diego, prepara-se para a primeira do mundo a realizar uma impressão de órgãos a 3D, já este ano. A impressão vai ocorrer da mesma maneira que qualquer outra impressão em 3D : a bioimpressao estabelece camada após camada de material, neste caso células vivas, de forma a criar uma entidade física sólida, sendo esta o tecido humano.

O maior desafio deste projecto é a criação dos sistemas vasculares que garantem a oxigenação e nutrientes necessários para sustentar vida. Caso contrario, as células morreriam antes do tecido sair da mesa da impressora.


A Bioimpressão, uma ramificação da biofabricação, consiste da aplicação da prototipagem rápida para a fabricação aditiva e automatizada de tecidos e órgãos humanos. A bioimpressão vem revolucionar a medicina reconstrutiva e são muitos os desafios, especialmente na espessura dos órgãos impressos.

No entanto, a empresa americana parece ter superado isso mesmo – “conseguimos espessuras de 500 microns e conseguimos manter o tecido hepático num estado totalmente funcional com o comportamento fenotipico nativo de pelo menos 40 dias“, afirma Mike Renard, vice presidente executivo de operações comerciais da Organovo.

A empresa não comentou ainda a futura implantação deste tipo de órgãos, o que teria que passar por uma bateria de avaliações governamentais, antes de ser aprovado para fins clínicos.

De qualquer maneira, a criação de um fígado viável representa uma grande mudança para a industria de bioimpressao e da medicina, pois um tecido criado por um a impressão 3D poderá manter-se vivo por tempo suficiente para testar os efeitos de medicamentos sobre ele, ou mesmo implanta-lo num corpo humano, onde ele se poderá desenvolver ainda mais.

Conheça melhor as técnicas de bioimpressão no seguinte vídeo:

Segundo Mike Renard “ainda é muito cedo para se especular sobre a amplitude de aplicações que a engenharia de tecidos vai possibilitar, ou sobre a eficácia alcançada”. O futuro deste tipo de aplicações poderá demorar entre 3 a 10 anos, pois terá que passar por uma revisão pela Food and Drog Administracion (FDA),  após o desenvolvimento bem sucedido de tecidos e a conclusão dos estudos clínicos.

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