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Cumbre Vieja: imagens de satélite ajudam a entender a erupção do vulcão de La Palma

Cumbre Vieja, o vulcão localizado na ilha de La Palma, nas canárias, está em erupção desde o passado dia 19 de setembro e poderá permanecer a expelir lava durante mais dois ou três meses. O cenário é de catástrofe para a ilha espanhola e depois da chegada da lava ao mar, as preocupações das autoridades aumentaram devido ao risco de explosões e de libertação de gases altamente tóxicos para o ser humano. Há imagens que nos chegam e que revela o tamanho da destruição, mas para as autoridades as imagens de satélite podem trazer respostas importantes.

Veja algumas das imagens de satélite do vulcão e entenda de que forma podem ser importantes.


Cumbre Vieja, o vulcão que continua a destruir uma ilha

O planeta Terra tem mostrado nos últimos dias que está vivo e que a sua força vai para além de qualquer nação. O vulcão Cumbre Vieja é hoje uma preocupação para a população da ilha de La Palma, nas Canárias, em atividade há quase duas semanas.

A destruição provocada pela lava do vulcão que continua a escorrer já destruiu centenas de habitações, deixando desalojadas centenas de famílias, já destruiu plantações agrícolas e continua a sua destruição por uma área que já ascende os 358 hectares.

Na evolução desta catástrofe, o momento em que a lava atingiu mar era um dos mais temidos pelas autoridades, que acabou mesmo por acontecer ao décimo dia de erupção.

A importância das imagens de satélite

Além das imagens impressionantes que nos chegam diariamente, de lava a ser expelida ou a tocar o mar em impressionantes explosões, as autoridades recorrem constantemente a imagens de satélite para entender o vulcão. Além da análise à dimensão dos danos provocados ainda é possível avaliar parâmetros de extrema importância para a população como a medição das emissões de gases tóxicos.

Uma das mais recentes partilhas, com base nos satélites da agência Copernicus EMS revelam que La Palma já perdeu mais de 1000 edifícios, sendo eles 870 habitações. No dia anterior eram contabilizados 855 casas destruídas. Esta análise revela bem a força do vulcão e a velocidade com que deixa estragos.

O satélite Sentinel 5, por exemplo, está a ser utilizado para detetar nuvens de dióxido de enxofre (SO2) lançadas para a atmosfera. Estas imagens revelam bem que o problema dos gases tóxicos vai bem mais além do que as ilhas espanholas. No passado domingo, por exemplo, estas atingiam já a Itália.

Além disso, é possível ser criada uma previsão da forma como estas nuvens vão afetar os continentes nos próximos dias. Mas será isto alarmante para nós em Portugal, por exemplo?

Os especialistas consideram que, apesar das altas concentrações de gases que são vistas nestes mapas, não serão em quantidades exageradas de forma a serem prejudiciais. Aliás, muitas delas estão a ocorrer em alta atmosfera.

Os satélites também dão uma ideia mais clara da área de erupção do vulcão. Iban Ameztoy, um especialista em ferramentas de Observação da Terra, cria animações que permitem “voar sobre” a área. No vídeo seguinte, trata-se de imagens construidas com base nas imagens de satélite Sentinel 2, CopernicusEU e Landsat 8.

Há ainda a capacidade de aplicar filtros que destacam, nas imagens, aspetos importantes para a análise. Nestes casos podemos ver a lava a ser destacada.

Eis algumas das mais impressionantes imagens de satélite partilhadas nos últimos dias do vulcão.

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