De um momento para o outro vários países anunciaram vacinas para a COVID-19. A Rússia foi dos primeiros, mas os resultados são duvidosos e ainda não há propriamente informação científica.
De acordo com o Centro Europeu de doenças, a vacina para prevenção da COVID-19 só deverá chegar no início de 2021.
O chefe-adjunto do programa de doenças do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças, Piotr Kramarz, revelou recentemente que a Europa “está muito mais bem preparada”, comparativamente há 6 meses no que diz respeito à COVID-19.
De acordo com Piotr Kramarz em declarações à Agência Lusa…
É muito difícil prever, mas provavelmente só teremos [uma vacina] no início do próximo ano, na melhor das hipóteses e assumindo que os ensaios clínicos têm resultados positivos em termos de eficácia e de segurança
Na passada quinta-feira, a Comissão Europeia oficializou, em nome da União Europeia, a compra de 300 milhões de doses de uma potencial vacina da farmacêutica AstraZeneca, que está em fase avançada de ensaios clínicos de larga escala e com resultados promissores.
A Comissão Europeia está, também, a discutir acordos semelhantes com outros fabricantes de vacinas, designadamente depois de já ter concluído conversações exploratórias com a Sanofi-GSK (31 de julho), a Johnson & Johnson (13 de agosto), a CureVac (18 de agosto).
Não há vacina para a COVID-19, mas já há tratamento…
Ainda de acordo com Piotr Kramarz…
Em termos de tratamentos, existe já um autorizado, o Remdesivir, que é um medicamento antiviral usado para pacientes graves
A capacidade de realizar testes aumentou significativamente e aprendemos bastante sobre o rastreamento de contactos e sobre como contactar as pessoas que estiveram em contacto com infetados, nomeadamente através de aplicações móveis
O especialista antecipa um “período difícil” de ressurgimento das infeções nos próximos meses, que poderá coincidir com a época da gripe normal, razão pela qual adianta que o ECDC está já “a pedir aos Estados-membros que se preparem para isso”.
A Diretora-Geral de Saúde admitiu esta sexta-feira estar a estudar a possibilidade do uso obrigatório de máscara em locais públicos muito movimentados.
O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra considera também que este ano a vacinação em massa contra a gripe será importante e alerta para a necessidade de reforçar o SNS, os meios técnicos e humanos nos hospitais e a necessidade de haver testagem rápida para distinguir o coronavírus do vírus influenza.