Pplware

COVID-19: Resultados de testes em 1 segundo? Sim, é possível

Quando foi declarado o estado de pandemia por COVID-19, apareceram alguns testes no mercado que garantiam resultados em minutos. Com a investigação em torno  deste vírus, há agora testes que prometem resultados em tempo recorde.

O processo é semelhante ao usado para detetar a glicose no sangue.


 

Dependendo da técnica usada, há testes de deteção à COVID-19 capazes de apresentar resultados em 30 minutos e até em um segundo. Os dois estudos distintos foram divulgados esta terça-feira.

Relativamente aos testes em 30 minutos, a investigação faz parte de uma equipa da Universidade de Illinois, dos Estados Unidos, que criou um dispositivo portátil, em que muitos dos seus componentes podem ser impressos em 3D e que permite obter resultados precisos a partir de uma amostra de saliva em menos de 30 minutos. O dispositivo é apresentado num artigo na revista Nature Communications

O equipamento consegue detetar vários genes por amostra, o que o torna mais preciso do que os testes de um único gene, que podem conduzir a resultados incorretos ou inconclusivos. Outra vantagem é que utiliza saliva, que é mais fácil de recolher.

Os cientistas admitem que a tecnologia utilizada pode ser útil para detetar marcadores genéticos de determinados cancros na saliva.

No que diz respeito aos testes de 1 segundo, a investigação pertence a cientistas das universidades da Florida, nos Estados Unidos, e Chiao Tung, em Taiwan, que desenvolveram um biossensor que permite detetar num segundo biomarcadores para o coronavírus que provoca a COVID-19. O trabalho foi divulgado na publicação Journal of Vacuum Science & Technology B, do Instituto Americano de Física.

No que diz respeito ao biossensor, que é semelhante ao usado para detetar glicose no sangue, este permite identificar proteínas virais do novo coronavírus SARS-CoV-2 através de um detetor de biomarcadores – semelhante na forma às tiras de papel utilizadas nos testes de níveis de glicose – com um pequeno canal onde são colocados os fluidos a analisar.

Dentro desse “microcanal”, os fluidos em análise entram em contacto com elétrodos, um dos quais é revestido a ouro onde são quimicamente fixadas amostras de anticorpos específicos para o SARS-CoV-2, revela a Lusa.

No processo de análise, um sinal elétrico é enviado de um painel de controlo através do elétrodo com as amostras de anticorpos para um segundo elétrodo, sem anticorpos.

Este sinal regressa depois ao painel de controlo onde é amplificado por um transístor e convertido num determinado número – indicador do diferencial entre o elétrodo com anticorpos e o elétrodo sem anticorpos – que representa uma posição numa escala de concentração de proteínas virais presentes na amostra em análise.

Os biossensores são descartáveis, mas as outras partes do dispositivo são reutilizáveis, permitindo reduzir os custos do teste, adaptável a outras doenças.

Exit mobile version