Com mais de 600 dias de pandemia, há boas notícias que nos fazem acreditar que o estado de pandemia poderá mudar nos próximos tempos. O Reino Unido tornou-se recentemente o primeiro país do mundo a emitir uma autorização de uso condicional de um comprimido antiviral contra a COVID-19.
molnupiravir – O medicamento para “atacar” a COVID-19
Desenvolvido pela empresa farmacêutica Merck, este comprimido estará disponível para os maiores de 18 anos. Embora não se saiba com precisão quando é que o fármaco estará acessível ao público, o medicamento – designado molnupiravir – demonstrou eficácia assinalável nos estudos efetuados.
De acordo com os resultados preliminares anunciados pela companhia no mês passado e que carecem ainda de revisão por cientistas externos, a toma do medicamento reduziu para metade hospitalizações e óbitos entre doentes numa fase precoce dos sintomas de COVID-19.
Este medicamento destina-se a ser tomado duas vezes por dia durante cinco dias por pessoas que estejam em casa com COVID-19 ligeira a moderada e que tenham pelo menos um fator de risco de poder desenvolver doença grave.
Por enquanto, a Merck não avançou detalhes sobre potenciais efeitos secundários, assegurando apenas que a sua ocorrência foi similar entre as pessoas que receberam o medicamento e as que receberam placebos.
De acordo com os especialistas, um comprimido antiviral contra a COVID-19 que reduz sintomas e acelera a recuperação pode revelar-se essencial no combate à pandemia, ao aliviar a sobrecarga dos hospitais e ajudar a travar surtos em países mais pobres e com sistemas de saúde frágeis.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.180 pessoas de COVID-19 e foram contabilizados 1.092.666 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.