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Cometa A3 vai passar pela Terra e veremos, possivelmente, a desintegrar-se em direto

O cometa C/2023 A3 demorou dezenas de milhares de anos a passar pelo sistema solar. Tornar-se-á mais brilhante do que a maioria das estrelas do céu noturno, se sobreviver. E iremos assistir ao “vivo e a cores”!


C/2023 A3: será a última vez que o vai ver

Marcado no calendário astronómico para 2024, aproxima-se um dos espetáculos mais inesperados do ano: o cometa A3 será visível a olho nu no céu noturno. Pela primeira e última vez na nossa vida.

O C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) é um cometa não periódico da nuvem de Oort. Foi descoberto em janeiro do ano passado por dois observatórios astronómicos ao mesmo tempo: o Observatório da Montanha Púrpura, na China, e o projeto Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), no Havai.

O A3 segue uma órbita elíptica extremamente longa em torno do Sol e demora dezenas de milhares de anos a passar pelo sistema solar.

E quando será visível?

Os astrónomos acreditam que o cometa será visível a olho nu em outubro de 2024, depois de passar pelo Sol, o seu periélio.

Ainda é muito cedo para ter a certeza, mas pensa-se que atingirá uma luminosidade semelhante à das estrelas mais brilhantes do céu noturno, magnitude -1.

A escala utilizada em astronomia é inversa: quanto menor o número, mais brilhante é o objeto. E a magnitude de A3 diminui rapidamente:

Nesta altura, o C/2023 A3 é visível com pequenos telescópios e tem uma cauda de 2,5 arc-minutos.

Como o poderemos ver?

Os dias-chave para a observação do cometa serão 12 e 13 de outubro, quando se espera que o seu brilho atinja o máximo, logo após ter atingido o periélio a 27 de setembro.

Os observadores do hemisfério norte poderão encontrá-lo depois do pôr do sol na constelação de Virgem ou com a ajuda de uma aplicação de mapeamento estelar. O hemisfério sul terá mais dificuldade em encontrá-lo por esta altura, mas será visível a partir de setembro no céu da manhã.

A não ser que… A grande questão do cometa A3 é saber se vai sobreviver à sua passagem pelo Sol. Alguns astrónomos preveem que veremos um espetáculo tão brilhante como o famoso Hale-Bopp em 1997. Outros acreditam que se desintegrará no seu periélio, no final de setembro.

Seja como for, o espetáculo é promissor, pelo que recomendamos que procure um local longe da poluição luminosa das cidades e com um horizonte limpo.

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