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Cientistas usam videojogos para recuperar movimentos nas vítimas de AVC

Investigadores da Northwestern Medicine estão a usar os jogos para recuperar os movimentos em pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral. Desta forma, recorrendo aos videojogos, os doentes são exercitados para verem devolvidos os movimentos dos braços que foram comprometidos pelo AVC.

O jogo foi especificamente criado para este público alvo. Conforme o vídeo em anexo, este é um jogo do estilo arcade.  O desafio consiste em mover o cursor de um rato até um ponto específico do ecrã.

 


Videojogos podem ser importantes na recuperação de um AVC

Os investigadores desenvolveram um dispositivo específico chamado “interface mioelétrica computadorizada” para funcionar como o “controlo” dos pacientes. Posteriormente, com ajuda de 30 voluntários, submeteram os jogadores ao desafio e observaram os resultados conseguidos.

Após um mês de utilização, os resultados foram um sucesso. Os jogadores submetidos mostraram respostas avançadas de movimentos nos braços, mesmo após poucos jogos.

 

Danos musculares podem ser minorados

As vítimas de AVC, que apresentam mobilidade reduzida nos seus braços, geralmente sofrem com a perda de controlo sobre os músculos do braço. Como resultado, quando tentam movimentar os braços os músculos do membro tendem a lutar uns contra os outros. Isto leva a uma condição chamada de “coativação ou coconstrição muscular”.

“Desacoplamento” é crucial para uma vítima de AVC

Os investigadores isolaram os músculos responsáveis ​​por essa condição em cada participante. Ao mesmo tempo, monitorizaram os estímulos musculares elétricos enviados do cérebro. Em seguida, usaram essa informação como uma entrada para o jogo. Depois voltaram a treinar o cérebro do participante para ativar os músculos de forma independente.

Esta condição, chamada de “desacoplamento”, é crucial para uma vítima de AVC poder recuperar a mobilidade dos seus membros.

A beleza disto tudo é que mesmo que o benefício persista durante meses ou anos, os pacientes com um dispositivo vestível poderiam simplesmente fazer uma ‘sessão de ajuste’ a cada uma ou duas semanas, meses ou quando precisarem.

Explicou o Dr. Marc Slutzky, principal autor do estudo, num comunicado oficial.

 

Tecnologia vestível pode ser uma solução “permanente”

Os investigadores acreditam que para manter os músculos ativos, os pacientes poderiam usar elétrodos totalmente sem fios e hiperflexíveis. Isso iria permitir que as vítimas de AVC pudessem facilmente usar estes dispositivos e treinar em casa como terapia ocupacional.

Segundo os especialistas, estes treinos deveriam ter uma duração de uma hora. Era tempo suficiente para reeducar os músculos.

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