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Cientistas desenvolvem uma potente câmara de 3200 MP! Veja a primeira foto que tirou

Um grupo de cientistas e engenheiros da Califórnia encontra-se a desenvolver uma potente câmara com uma alta e espantosa resolução. Conta com uns admiráveis 3.200 megapíxeis e dentro de meses irá ser integrada num Observatório no Chile que será inaugurado em 2022.

Entretanto a câmara já foi posta à prova e já é conhecida a primeira fotografia que tirou.


Cientistas desenvolvem câmara de 3.200 MP

É realmente espantoso aquilo que a tecnologia é capaz de criar. Um grupo de cientistas e engenheiros da Califórnia, nos EUA está a desenvolver uma potente câmara com uma resolução extraordinária. Tem a capacidade de 3.200 megapíxeis e será depois colocada num observatório terrestre no Chile, que será inaugurado em 2022.

O observatório é o Vera C. Rubin Observatory e o seu telescópio é capaz de fazer registos abrangentes do céu de uma só vez. Mas a equipa de investigadores, que se encontra a trabalhar no SLAC National Accelerator Laboratory, pretende que esta câmara esteja à altura do telescópio.

Sensores de imagem individuais da câmara de 3.200 MP (Farrin Abbott / SLAC National Accelerator Laboratory)

Uma câmara com quase 4 metros

O objetivo é que a câmara seja capaz de capturar grandes áreas do céu e, dessa forma, é natural que tenha grandes dimensões. Segundo Aaron Roodman, cientista responsável pela montagem e testes do dispositivo:

A câmara tem no total quase 4 metros das lentes frontais até à parte traseira, onde teremos todo o equipamento de suporte, e mede quase um metro e meio de diâmetro.

No interior existem diversos componentes, como por exemplo um plano focal com 189 sensores individuais, capazes de conseguir uma fotografia com uma resolução de 3.200 MP. Para além disso encontram-se também no interior equipamentos para arrefecer os sensores para uma temperatura de -60º.

Quando a câmara está completamente montada, um conjunto de lentes ajuda no foco da luz emitida por objetos no céu. No entanto a equipa pretende encontrar uma forma de projetar imagens nos sensores no plano focal, mas sem a necessidade de lentes.

Assim, Roodman diz que conseguiram criar aquilo que chama de “projetor pinhole”. No fundo trata-se de uma caixa de metal com luzes no interior e um pequeno furo de alfinete. Desta forma, o que estiver na caixa será projetado nos sensores.

Veja como funciona a câmara no seguinte vídeo:

A primeira foto tirada foi a um brócolo

Sim, é verdade, os cientistas escolheram um brócolo do tipo Romanesco para ser o contemplado da primeira fotografia captada por este equipamento. A escolha prendeu-se com a estrutura fractal do vegetal.

Devido à sua textura detalhada, este objeto serviu assim como um ótimo teste para a definição dos sensores da câmara. A primeira foto, ao Romanesco, pode ser vista de seguida.

Primeira foto captada pela câmara de 3.200 MP (SLAC National Accelerator Laboratory)

Mas esta foi apenas a primeira imagem de uma longa fase de testes que agora de inicia. O objetivo é ajustar o plano focal da câmara para depois ser integrada, nos próximos meses, no Observatório do Chile.

Identifica objetos 100 milhões de vezes mais escuros do que o olho nu consegue

Assim que estiver pronta, esta câmara e o telescópio Simonyi Survey Telescope serão capazes de identificar objetos 100 milhões de vezes mais escuros daquilo que é possível ver a olho nu.

Esta sensibilidade corresponde, por exemplo, à possibilidade de identificar a chama de uma vela localizada a milhares de quilómetros. Assim que o observatório esteja pronto, vai então conseguir produzir imagens com uma resolução e distância focal capazes de fotografar uma bola de golfe a 25 km de distância da lente.

Mas também a pandemia afetou o desenvolvimento desta câmara, uma vez que com isso sofreu atrasos na finalização. Os testes ao equipamento devem assim acabar no final de 2021, e a equipa de Roodman espera terminar o projeto a tempo da inauguração do Observatório no Chile, em 2022.

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