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Cientistas criam dispositivo de arrefecimento pessoal que não consome energia

O domínio da química e a evolução dos dispositivos tecnológicos têm servido para criar avanços em vários segmentos. Tecidos inteligentes, vestuário equipado com sistemas de aquecimento e arrefecimento pessoal são o futuro de uma indústria de milhões. Nesse sentido, investigadores da Universidade do Missouri desenvolveram um dispositivo eletrónico de colocação na pele que servirá como um “ar condicionado privado” e que não gasta energia.

Este sistema é colocado no corpo e permite arrefecer passivamente o corpo humano em cerca de 6 °C.


Ar condicionado instalado sobre a pele para monitorizar sinais vitais

O desenvolvimento de tecnologias dedicadas à saúde e bem-estar, tem progredido bastante nos últimos anos. Assim, dado o atual cenário, foi criado um sistema inovador que poderá atuar em várias frentes.

Além do seu potencial de prevenção de insolação ou exaustão em pessoas vulneráveis, os cientistas envolvidos dizem que este dispositivo multifuncional também poderá ser utilizado para monitorizar a pressão arterial, a atividade elétrica do coração e o nível de hidratação da pele. Além disto, ainda há outras áreas de ação.

Como tal, usando esta tecnologia, com base num dispositivo eletrónico sobre a pele, abriria um novo caminho de investimento tecnológico para futuros têxteis multifuncionais inteligentes com funcionalidades de arrefecimento passivo. O processo de arrefecimento passivo não utiliza dispositivos elétricos como um ventilador, o que os investigadores acreditam permitir um desconforto mínimo para o utilizador.

O nosso dispositivo pode refletir a luz solar longe do corpo humano para minimizar a absorção de calor. Ao mesmo tempo, permite que o corpo dissipe o seu calor, alcançando cerca de 6 °C de arrefecimento durante o dia.

Referiu Zheng Yan, autor do estudo e  professor assistente na Faculdade de Engenharia da Universidade do Missouri.

Segundo os investigadores, este dispositivo, que não consome energia, é uma das primeiras demonstrações desta capacidade no campo emergente da eletrónica na pele.

 

Vestuário inteligente que vigia a temperatura sem gastar energia

Atualmente, o dispositivo é um pequeno selo com fio. Os investigadores dizem que levará de um a dois anos para projetar uma versão sem fio. Contudo, os desenvolvimentos irão um dia levar ao uso desta tecnologia  para a aplicar no vestuário “inteligente”.

Eventualmente, gostaríamos de agarrar nesta tecnologia e aplicá-la no desenvolvimento de tecidos inteligentes. Isso permitiria que as capacidades de refrigeração do dispositivo fossem entregues em todo o corpo. Neste momento, o arrefecimento está concentrado apenas numa área específica onde o selo está localizado. Acreditamos que isso poderia ajudar a reduzir o uso de eletricidade e também ajudar no aquecimento global.

Afirmou Yan.

Em resumo, a ideia seria cada pessoa ter o seu próprio método de ajuste de temperatura, podendo desta forma dispensar outros sistemas. Os resultados estão detalhados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

 

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