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China divulga vídeo onde mostra como será a sua base na Lua. E tem um pormenor estranho

A agência espacial chinesa CNSA divulgou há alguns dias um vídeo conceptual da sua futura base na Lua. Para além de uma visão ambiciosa do desenvolvimento lunar nos próximos 20 anos, o vídeo contém um pormenor bastante estranho.


 

Uma cidade na Lua em 2045

A China está a liderar o processo de construção de uma base lunar. De acordo com a sua visão, em 2045 será uma cidade cheia de arranha-céus, torres de lançamento, painéis solares, antenas, reatores, minas e astronautas a fazer experiências ou a passear com os seus rovers.

Já não nos contentamos com uma simples visita, queremos fazer uma exploração de longa duração. A Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS) estará aberta a todas as nações. Ajudará a humanidade a ir mais longe no espaço profundo.

Diz o vídeo.

O aspeto mais peculiar do vídeo da CNSA é o foguetão que parece estar a descolar da Lua na versão futurista da base. É o inconfundível vaivém espacial que a NASA utilizou para lançar astronautas para a órbita baixa da Terra entre 1981 e 2011.

O tanque externo é cor de laranja, a cor da espuma distintiva utilizada para isolar os tanques de combustível do foguetão. E o que está ligado a ele é, sem dúvida, o mítico vaivém onde os astronautas viajaram.

[Vídeo original]

 

Deslize na criação do vídeo?

Os Estados Unidos proibiram a NASA de qualquer tipo de colaboração com a China, por isso o aparecimento de uma nave espacial americana no vídeo deve-se provavelmente a um descuido inocente por parte dos seus criadores. Prova disso é o facto de a CNSA ter retirado o foguetão em versões posteriores do vídeo.

Qualquer um pode cometer um deslize, mas um descuido destes no meio de uma corrida espacial com os Estados Unidos, numa altura em que a China está a tentar convencer outras nações a juntarem-se a si, é, no mínimo, estranho.

A Nicarágua é a mais recente nação a aderir ao projeto ILRS da China. A Rússia é membro fundador desde 2021 e países como a Venezuela, a África do Sul, o Paquistão, o Egito e a Turquia aderiram nos últimos dois anos.

A China planeia estabelecer uma versão básica da estação lunar até 2035. Inicialmente, será constituída por uma série de experiências científicas e demonstradores tecnológicos, como um reator nuclear lunar, e não será tripulada, mas a ideia é que acabe por se tornar uma base habitada.

 

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