Certamente que já se apercebeu que o céu está diferente hoje. A cor está meia alaranjada e são muitos que questionam o que se passa.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), as poeiras oriundas do norte de África vão manter-se no território da Península Ibérica até à próxima quinta-feira.
Nuvens de poeira vindas do Norte de África vão atravessar os céus de Portugal continental e o resto da Península Ibérica até ao fim do dia de quinta-feira. O anunciou foi hoje realizado pelo IPMA que afirma que o rumo das poeiras se deve a “um fluxo de sul induzido pela depressão Célia” e aponta a “alteração da cor do céu” como o efeito mais visível.
Ainda seguindo o IPMA, “as poeiras estão normalmente acima da superfície”, mas salienta que concentrações maiores poderão levá-las para níveis mais baixos da atmosfera, onde têm “implicações na qualidade do ar e possíveis impactos na saúde”.
No sul do país, prevê-se chuva hoje e na quarta-feira, pelo que é “possível ocorrer a deposição das poeiras”.
A concentração maior verifica-se agora nas regiões norte e centro do Continente, mas há poeiras a passar também sobre França e Argélia.
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A Agência Estatal de Meteorologia de Espanha (AEMET) já tinha informado que a poeira do Saara, que, nos últimos dias, atinge a a região espanhola de Múrcia, no sudeste do país, deveria espalhar-se pela Península Ibérica e pela zona ocidental do Mediterrâneo e que pode até atingir algumas áreas do norte da Europa.
DGS alerta que crianças e idosos devem ficar em casa por causa das poeiras
Este poluente (partículas inaláveis – PM10) tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações. Assim, e enquanto este fenómeno se mantiver, a Direção-Geral da Saúde recomenda:
- A população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.
- Os seguintes grupos de cidadãos, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem, sempre que viável, permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas:
- Crianças;
- Idosos;
- Doentes com problemas respiratórios crónicos, designadamente asma;
- Doentes do foro cardiovascular.
- Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso.
- Em caso de agravamento de sintomas contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.