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Atual geração de idosos poderá ser a última a enfrentar uma doença de Alzheimer incurável

Até agora, e apesar dos estudos que foram e são ainda levados a cabo, a doença de Alzheimer permanece sem cura. Para uma especialista do Reino Unido, esta poderá ser a última geração de idosos a conhecê-la como incurável.


Os estudos apontam que, pelo mundo, existem 55 milhões de doentes com demência, recaindo a previsão sobre o aumento desse número, à medida que a população vá envelhecendo. Mais do que isso, até 2050, haverá mais de 150 milhões de casos.

Apesar de os investigadores estarem exaustivamente dedicados à pesquisa de uma cura, para já, ela não existe. Por isso, esta doença degenerativa do cérebro continua a deteriorar, gradualmente, a memória e as funções cognitivas daqueles que a enfrentam.

Hilary Evans, executiva da Alzheimer’s Research UK

Segundo o The Guardian, para Hilary Evans, executiva da Alzheimer’s Research UK, a atual geração de idosos poderá ser a última a enfrentar uma doença de Alzheimer sem tratamento. Conforme afirmou, o Reino Unido está a entrar numa nova era de tratamentos da demência, a partir da qual a doença de Alzheimer deixará de ser considerada uma consequência inevitável do envelhecimento.

Na opinião de Evans, o Serviço Nacional de Saúde (em inglês, NHS) precisa de ser revisto, de modo a assegurar que os doentes têm acesso aos primeiros medicamentos eficazes contra a doença de Alzheimer. Esses poderão ser autorizados, no Reino Unido, já no próximo ano.

Última geração de idosos a conhecer uma doença de Alzheimer incurável

Na perspetiva da executiva, os tratamentos eficazes já não chegarão a tempo de fazer a diferença na vida das pessoas com 70 ou 80 anos, atualmente. No entanto, fá-la-ão na das pessoas com 60 anos, pois sentir-se-á uma mudança significativa em termos de medicação.

Indo mais longe, Evans explicou que, para as pessoas na casa dos 40 anos, as análises de sangue para diagnóstico, juntamente com os dados obtidos a partir dos smartphones, permitirão um diagnóstico substancialmente mais precoce.

A par disso, revelou acreditar que os medicamentos ou vacinas destinados a prevenir doenças neurodegenerativas terão cada vez mais êxito.

Julie Williams, professora da Cardiff University e especialista na doença de Alzheimer

De acordo com um comunicado de imprensa recente, o governo britânico está a levar a cabo uma iniciativa nacional dedicada à demência. Esta visa não apenas acelerar a investigação, mas também duplicar o seu financiamento, para 160 milhões de libras por ano, em 2024/2025.

Segundo Julie Williams, professora da Cardiff University e especialista na doença de Alzheimer, espera-se que, até 2040, esteja disponível um tratamento altamente eficaz para a doença. Na sua opinião, “as coisas estão a acelerar e a melhorar a toda a hora”, pois aprendeu “mais nos últimos sete anos do que nos 20 anos anteriores”.

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