Em tempos de pandemia pouco ou nada se tem abordado o tema das alterações climáticas. No entanto, há também algumas informações, que referem que a pandemia, especialmente o período de confinamento, ajudou a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.
Um estudo recente revela que sem mudanças na economia mundial e redução de emissão de gases, as alterações climáticas vão custar 4,6 mil milhões de euros por ano até 2070.
Alterações climáticas levarão a uma redução de 10% da taxa de crescimento do PIB mundial
De acordo com um documento a que a Lusa teve acesso, os danos causados pelas alterações climáticas levarão a uma redução de 10% da taxa de crescimento do PIB mundial até 2050 e de 25% até 2100. O relatório é da responsabilidade da organização Carbon Disclosure Project (CDP) – que tem sede no Reino Unido e apoia empresas e cidades na divulgação dos impactos ambientais – e da “University College London” (UCL), uma universidade pública também do Reino Unido.
Num cenário em que os países cumpram as metas do Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa – que pretende limitar o aumento global da temperatura a dois graus celsius (e preferencialmente 1,5 graus) acima da média da época pré-industrial -, as alterações climáticas terão ainda assim um custo anual que atingirá 1,5 mil milhõe de euros em 2070.
Sem medidas para conter o aquecimento global, o relatório mostra que os custos das alterações climáticas serão três vezes superiores, passando de 1,5 mil milhões de euros para 4,6 mil milhões de euros por ano, e que no próximo século podem mesmo ser 17 vezes superiores.
Conter as alterações também tem um custo, mas mesmo assim será menos elevado, calculando os autores do relatório que atinja um pico de 5,9 mil milhões de euros por ano até 2050.