Não têm sido apenas os governos e as grandes empresas a tomar uma posição sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. Esta tomada de posição tem partido também de outros quadrantes, indo ao ponto de haver empresas de software a mostrar o seu desagrado.
A lista é longa e tem agora um novo nome. A Mozilla, com o seu browser Firefox, resolveu também tomar uma posição e, por isso, lançou uma nova atualização. Esta tem uma mudança que irá certamente afetar os utilizadores na Rússia.
Do que tem sido visto, a Rússia está praticamente isolada da Internet. As grandes empresas dedicadas a esta rede estão a cortar os seus laços com o país e também os serviços e outros fornecedores seguem o mesmo caminho.
A Mozilla quer participar neste esforço e lançou agora o Firefox 98.0.1. Esta é uma atualização simples, mas que terá um impacto grande na Rússia e nos seus utilizadores da Internet. Vai tornar muito mais complicada as pesquisas neste país.
Em concreto, esta nova atualização remove 2 motores de pesquisa associados ao país de Vladimir Putin. Falamos do Yandex e Mail.ru, que deixam assim de poder ser usados neste browser.
Yandex e Mail.ru foram removidos como fornecedores de pesquisa opcionais no menu de pesquisa do Firefox.
Se instalou anteriormente uma versão personalizada do Firefox com Yandex ou Mail.ru, oferecida em meio de canais de distribuição de parceiros, esta versão remove essas personalizações, incluindo complementos e favoritos padrão. Quando aplicável, o seu browser voltará às configurações padrão, conforme oferecido pela Mozilla. Todas as outras versões do Firefox não são afetadas por esta mudança.
A Mozilla vai mais longe com esta mudança e vai mesmo remover estas 2 propostas que os utilizadores da Rússia em algumas versões. O Yandex e o Mail.ru desaparecem e deixam de poder ser escolhidos pelos utilizadores do Firefox.
Dias depois de lançar a versão 98 do Firefox, a Mozilla muda assim esta versão. A única alteração é mesmo apenas e só a remoção do Yandex e Mail.ru da sua lista de propostas para motores de pesquisa, algo que na verdade não era esperado.
Esta pode parecer uma alteração mínima, mas mostra uma posição clara deste gigante da Internet. A Mozilla recorre ao seu maior ativo, o Firefox, para assim mostrar o seu desagrado pela invasão da Ucrânia.