Durante a semana passada os utilizadores das lojas iTunes Movies e iBooks começaram a ver estes serviços bloqueados sem qualquer aviso prévio. Agora, segundo relata o New York Times, as lojas foram encerradas sob exigência da Administração Estatal de Imprensa, Edição, Filmes e Televisão do país. Notícia que, de resto, já não é de estranhar vinda da China.
A Apple tem esperança que a situação se resolva rapidamente…
As restrições que a China impõe aos seus cidadãos em termos de acesso a produtos, serviços e informação estrangeiros é enorme e foram já vários os exemplos no mundo da tecnologia que aqui relatámos, mas a Apple sempre conseguiu manter uma boa relação e a aceitação do seus produtos foi recebida no país com grande entusiasmo.
Há cerca de sete meses a Apple lançou na China os seus serviços de livros e filmes no iTunes e agora, sem razão aparente, o serviço foi encerrado por ordem do regulador da actividade de radiodifusão do país.
O que terá motivado este bloqueio dos serviços?
Não existe qualquer declaração pública por parte do Governo chinês ou do próprio regulador e da Apple apenas se sabe que a empresa espera que os serviços retomem “o mais rápido possível”.
Sendo a China o segundo maior mercado onde a Apple actua, depois dos Estados Unidos, parece estranho que o governo tenha bloqueado dois serviços que há pouco tempo havia aprovado.
Além das lojas existentes nas principais cidades do país, a China é também dos poucos países, o quinto, onde o serviço de pagamentos da Apple, o Apple Pay, foi implementado.
Promover e ter um maior controlo sobre as marcas nacionais e sobre os media internos, é claramente um dos grandes objectivo do governo. Não é novidade nenhuma e o próprio líder do partido comunista Xi Jinping já referiu diversas vezes, a importância da China manter a sua “soberania no ciberespaço”, e daí haver este bloqueio e todas as restrições crescentes a tudo quanto é informação vinda do estrangeiro.