O iPhone SE está a tentar conquistar os utilizadores. Não tem um aspecto novo, não tem uma “medida de ecrã” nova e não traz hardware que seja inovador. Simplesmente é um smartphone fabricado com requisitos que satisfazem as necessidades de muitos milhões de utilizadores, segundo um estudo apresentado pelo WSJ.
Não sendo nada de “novidades”, não deixa, contudo, de trazer alguns trunfos. Um deles é a sua bateria que, sendo um equipamento “pequeno”, de ecrã de 4 polegadas, traz uma autonomia que pode surpreender.
Quem serão os utilizadores deste iPhone SE?
Segundo o WSJ cerca de 20% dos norte-americanos, por razões fisiológicas, têm dificuldades em usar os ecrãs grandes e os ecrãs enormes. Então, tendem a optar por ecrãs pequenos e a Apple não tinha uma oferta moderna para esses 20% de compradores.
Assim, com esta oferta, alarga as opções. Uma medida não serve a todos e o consumidor agora tem várias. Nada que não seja conhecido nos restantes fabricantes de smartphones, verdade?
Em termos de bateria, é melhor mesmo?
Segundo alguns ciclos de testes de stress à bateria, levados a cabo em sites com um nível de brilho uniforme, o iPhone SE conseguiu estar 10 horas sempre em funcionamento, segundo o Wall Street Journal. Este valor bate em duas horas o resultado do iPhone 6s, assim como o melhor tempo do iPhone 5s, que também tem um ecrã de 4 polegadas e 1136 x 640 píxeis de resolução.
Sabemos que o ecrã é claramente uma das fontes de grande consumo das baterias, batem-se lado a lado com as ligações wireless no que toca a drenar a energia.
E em relação ao Galaxy S7?
Actualmente, o Galaxy S7 é um dos melhores equipamentos do mercado. A par disso, este tem também alguns pontos menos fortes, um deles é a sua bateria. O iPhone SE, segundo estes testes, bate o Galaxy S7 em quase 3 horas. Claro que não podemos esquecer que o Samsung Galaxy S7 tem um ecrã fantástico de 5.1 polegadas Quad HD, 2560 x 1440 de resolução. A estes valores o melhor que a Apple tem é o ecrã do iPhone 6s de 4.7 polegadas que oferece de resolução 1334 x 750 píxeis… e mesmo assim fica longe do Galaxy S7.
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Mas o ecrã do SE é melhor que o dos “concorrentes”?
Não. Segundo a mesma fonte, o ecrã do SE é inferior não só em termos de tamanho como em termos de contraste e, ainda por cima, este não suporta a tecnologia 3D Touch. Provavelmente, nesse ponto estará algum ganho que se reflecte depois em mais autonomia.
Será um factor relevante, o tempo de autonomia?
Este é um equipamento, tal como pudemos ver na keynote, muito focado no mercado comercial. As operadoras terão todo o interesse em criar os pacotes de serviços onde poderá estar associado este equipamento dedicado às empresas. Sendo um smartphone que, além de moderno, combina uma excelente autonomia, privilegia obviamente o desempenho para o qual foi feita a aposta. Faz todo o sentido a Apple ter apostado num melhor desempenho mesmo tendo agora baterias mais pequenas.
Como já vimos, o iPhone SE terá um preço de 499 euros a versão de 16GB.