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Apple sob pressão: legisladores questionam apps que vigiam agentes de imigração

Os legisladores norte-americanos estão a aumentar a pressão sobre Apple e Google, exigindo esclarecimentos sobre aplicações, tipo ICEBlock, que permitem localizar agentes da polícia migratória dos Estados Unidos.


Pedido formal dirigido à Apple e Google sobre apps como ICEBlock

Dois meses após a remoção da aplicação ICEBlock da App Store, a pressão política intensifica-se sobre Apple e Google.

A comissão de Segurança Interna da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos enviou agora um pedido formal às duas empresas, exigindo conhecer as medidas preventivas adotadas para impedir o regresso de ferramentas que permitam localizar agentes do Serviço de Imigração e Alfândegas dos EUA (ICE).

Preocupações sobre riscos para a segurança do pessoal do DHS

Em cartas enviadas a Tim Cook (Apple) e Sundar Pichai (Google), divulgadas pela Reuters, os legisladores manifestam preocupação quanto à eventual presença de aplicações que possam pôr em risco a segurança do pessoal do DHS, o Departamento de Segurança Interna.

O caso de ICEBlock é citado de forma explícita. Tratava-se de uma aplicação popular usada para sinalizar a presença de agentes do ICE. Os legisladores exigem um briefing detalhado até 12 de dezembro.

Verificação da eficácia dos sistemas de moderação

Embora se desconheça se novas aplicações semelhantes voltaram a surgir na App Store ou no Google Play Store, o objetivo desta iniciativa é avaliar a eficácia dos filtros de moderação destas plataformas.

Os legisladores pretendem garantir que Apple e Google mantêm vigilância constante contra aplicações deste tipo.

ICEBlock: pressões políticas e remoções anteriores

A iniciativa parlamentar recupera os acontecimentos de outubro. Perante pressão da administração Trump, a Apple retirou da App Store a ICEBlock e outras aplicações semelhantes, invocando as suas regras relativas a conteúdos reprováveis.

O caso tornou-se rapidamente uma questão de debate político nacional.

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, criticou duramente estas aplicações, afirmando que colocavam os agentes do ICE em perigo apenas por exercerem as suas funções. Chegou mesmo a alertar diretamente o programador Joshua Aaron, dizendo que o seu departamento estava a vigiar a situação.

A Google, apesar de não alojar a ICEBlock, removeu igualmente outras aplicações que desempenhavam funções idênticas no Android.

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