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Apple promete tratamento hostil a sites que violem a privacidade do Safari

A tecnológica norte-americana está a endurecer a sua postura face a sites que tentem contornar as imposições de privacidade do seu browser, o Safari. De acordo com a própria Apple, há novas regras de conduta que, na eventualidade de serem violadas, classificarão os transgressores como ameaças de malware.

Por outras palavras, há uma nova política de tolerância zero para os sites que tentem “enganar” o Safari.


Publicada esta semana, a nova política da Apple promete tratamento hostil para sites que aplicações que tentem contornar as disposições do Safari. Isto é, as medidas anti cruzamento de dados e rastreamento da localização do utilizador, por exemplo. Caso o façam, o browser poderá considerá-los uma ameaça.

A Apple quer reforçar a privacidade do Safari

Ainda de acordo com a Apple, em algumas circunstâncias, a empresa aplicará sanções específicas a “maus atores”. Isto é, casos em que, por exemplo, alguns sites forcem repetidamente os garantes de privacidade, o browser poderá classificá-los como malware. A partir daí, tais domínios serão tratados como tal pela Apple.

Além disso, a Apple afirma que, em certas instâncias, aplicará este “tratamento duro”, sem emitir um aviso prévio. Portanto, caso se apurem comportamentos que façam perigar a privacidade do utilizar, o Safari atuará prontamente. No entanto, não sabemos se o acesso a esses sites, ou apps, pode ser restringido.

Especificamente, a tecnológica quer combater o rastreamento através de vários sites. O fenómeno, apelidado de cross-site tracking utiliza vários domínios para acompanhar os movimentos do utilizador. Algo que se materializa, por exemplo, em publicidades a produtos após os ter pesquisado em determinada loja.

O browser será mais hostil para com alguns sites

A prática torna-se mais nefasta pela partilha, ou venda, desses mesmos dados a outros agentes. Em causa estão os seus dados de navegação, sites visitados, ou preferências de navegação. Em síntese, isto acaba por ser um produto que pode ser vendido a outros atores como, por exemplo, empresas de publicidade, entre outras.

Note-se ainda que a Apple não é a primeira a aplicar uma postura severa perante esta prática. Aliás, esta atitude é inspirada no Mozilla, o primeiro browser a colocar-se contra esta prática, optando por garantir a privacidade do utilizador. No entanto, o investimento da Apple nesta área é consideravelmente maior.

Posto isto, a nova postura da empresa e do seu browser Safari vai ao encontro do que já havia sido dito durante a WWDC19. Aí, em junho último, a empresa anunciou uma plataforma de login, a “Sign in with Apple”, para gerir esse passo em vários sites e plataformas. Espera-se agora que a nossa privacidade saia reforçada.

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