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Apple revela resultados financeiros do segundo trimestre de 2018

O esperado “super ciclo” de vendas do iPhone, no período de férias passado, parece não ter resultado, mas isso não significa que o interesse nos smartphones da empresa tenha desaparecido completamente.

A Apple acabou de apresentar a informação referente aos resultados financeiros do segundo trimestre de 2018, que, como é normal, revelou alguns detalhes suculentos.


Apple volta a crescer e até bate recordes

A empresa tem estado debaixo de fogo por causa dos hipotéticos resultados de vendas do iPhone X, contudo, ao que parece a empresa não está de todo a regredir.

A Apple arrecadou 61,1 mil milhões de dólares em receita, isto é um enorme salto de 16% sobre o seu desempenho no mesmo período do ano passado. Agora, não podemos deixar de apontar que a Apple vendeu 52,2 milhões de iPhones no trimestre passado.

 

Mas vendeu menos iPhones?

Não, pode na verdade não ser um incremento surpreendente, mas a Apple vendeu mais 3% em relação a esse período no ano de 2017. Estes resultados foram ligeiramente abaixo da maioria das previsões dos analistas de Wall Street. Mesmo assim, este foi o maior número de iPhones que a Apple movimentou no segundo trimestre em três anos.

Estas vendas foram um pouco ao encontro do meio termo que o mercado tem vindo a “referir”, isto é, nem vendeu tanto como apregoaram alguns, nem teve uma quebra negativa. A procura caiu, é verdade que sim, e nas últimas semanas, parceiros de produção do iPhone, como SK Hynix e Taiwan Semiconductor Manufacturing – que produziam os processadores da série A da Apple – apontaram para uma queda na procura de smartphones para explicar os seus recentes e dececionantes relatórios de lucros.

 

iPad nem sim… nem não… mas vende

Os outros pilares do portfólio de produtos da Apple também não mudaram muito em relação ao que foi apresentado no ano passado. As vendas do iPad subiram ligeiramente para 9,1 milhões, embora haja muito espaço para este equipamento render bem mais – afinal, este trimestre não leva em conta o recente lançamento do iPad 2018, uma evolução de um dispositivo que os porta-vozes da Apple chamaram de modelo mais popular.

Enquanto isso, a Apple movimentou 4,08 milhões de Macs, uma queda muito pequena em relação à sua posição no ano passado. Estes número sim são uma surpresa, isto porque era quase unanime, na voz dos analistas, que a queda seria significativa face à falta geral de trabalho visível da empresa nos seus computadores.

 

AirPod e Apple Watch são importantes fontes de receita

Nem todas as vendas de hardware da Apple foram estáticas. O CEO da Apple, Tim Cook, chamou aos AirPods de “um grande sucesso” e destacou que a empresa estava a trabalhar para acompanhar a impressionante procura.

Isso, mais a contínua popularidade do Apple Watch, provavelmente desempenhou um papel importante no aumento de 38% na receita “Outros” da Apple – sim, todos sabemos que a Apple coloca em todos os seus dispositivos uma fantástica margem de lucro.

 

Serviços cresceram uns espantosos 30%

O aumento mais notável que vimos no relatório da Apple está na sua divisão de serviços: foi responsável por 9,2 mil milhões de dólares do fluxo total de receita da empresa e cresceu mais de 30% desde o ano passado. É que este aumento de cerca de 2 mil milhões de dólares a mais face ao ano passado representam um recorde de todos os tempos para a empresa, de acordo com o CFO Luca Maestri.

Com a procura pelo hardware da Apple aparentemente fraca, espera-se ver o dinheiro que a empresa recebe de serviços como o iCloud, Apple Music e muito mais para impulsionar o movimento nos resultados financeiros da empresa.

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