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Apple investe $330 milhões numa fábrica de Taiwan. A prioridade é fabricar ecrãs MicroLED

Conforme sabemos, a Apple depende muito de terceiros no que toca aos ecrãs. No passado, por exemplo, a empresa de Cupertino dependia totalmente da Samsung para equipar os seus smartphones com OLED. Segundo informações, para o novo iPhone 12, vão entrar também no leque de fornecedores OLED a LG e a BOE. Contudo, como já vimos no passado, a Apple não quer ficar por aqui.

Assim, ficamos a saber agora que a gigante da tecnologia está a investir cerca de 300 milhões de euros numa fábrica para produzir ecrãs LED e MicroLED. Mas, que equipamentos irão receber estes ecrãs?


Apple investe numa unidade fabril para ter os seus próprios ecrãs MicroLED

A Apple desde 2017 que tem vindo a procurar unidades e tecnologias para produzir os seus próprios ecrãs e deixar a dependência de terceiros. Conforme é sabido, a Apple depende bastante da Samsung, LG e outras empresas mais pequenas para fornecimento de ecrãs que são usados no seu vasto leque de produtos.

Este investimento tem como finalidade cativar a produção para o desenvolvimento de ecrãs LED e MicroLED para futuros iPhones, iPads, MacBooks e outros dispositivos. De acordo com o Taiwan Sourcing Service Provider (CENS), a Apple está a unir-se a duas empresas, a fabricante de LED Epistar e a fabricante de painéis LCD AU Optronics.

A Apple está a unir-se à nova fábrica Epistar, a maior produtora de LED de Taiwan e a fabricante de painéis LCD de Taiwan, AU Optronics. A planta estará localizada na filial de Longtan do Parque Científico de Hsinchu e o investimento total da Apple é estimado em 10 mil milhões de NT (Novo Dólar Taiwanês), cerca de 300 milhões de euros.

A nova fábrica será uma expansão das operações da Apple, e a empresa enviou uma equipa de desenvolvimento para Taiwan para trabalhar no projeto. Há muito que se espera que a Apple use o Mini-LED e o MicroLED numa variedade de produtos, incluindo o Apple Watch 2020 e agora uma atualização futura do MacBook Pro de 16 polegadas.

 

Há vantagens, muitas, no uso destas tecnologias

O relatório destaca as vantagens dos ecrãs ‌Mini-LED‌ e MicroLED em relação aos ecrãs LCD e OLED, incluindo ser mais fino e mais eficiente em termos de energia. Por exemplo, o consumo de energia dos ecrãs MicroLED é apenas um décimo do dos LCD e a saturação das cores é próxima à tecnologia OLED.

Como o OLED, o MicroLED é autoluminoso. No entanto, comparado com o OLED, o MicroLED pode suportar um brilho mais alto, uma faixa dinâmica mais alta e uma gama de cores mais ampla, ao mesmo tempo em que obtém uma taxa de atualização mais rápida, maior ângulo de visão e menor consumo de energia, todas as qualidades favorecidas pela Apple.

De acordo com o relatório, devido às dificuldades envolvidas no desenvolvimento da tecnologia MicroLED, os projetos iniciais contarão com Mini-LEDs. Esta tecnologia está a meio caminho entre a tradicional tecnologia LED e o MicroLED. No entanto, a Apple ainda considera a tecnologia MicroLED a “principal prioridade”.

Que dispositivos poderá a Apple equipar com estas novas tecnologias?

A Apple tem seis produtos de mini-LED em produção que devem estrear em 2020 e 2021, de acordo com o analista da Apple, Ming-Chi Kuo. Segundo alguns rumores, a empresa irá equipar os topos de gama iPad Pro de 12,9 polegadas, que lançará em outubro. Além deste, também equipará um iMac Pro de 27 polegadas, um MacBook Pro de 14,1 polegadas, um MacBook Pro de 16 polegadas, um iPad de 10.2 polegadas, e um iPad Mini de 7,9 polegadas.

 

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