Apesar de haver centenas de opções para auscultadores sem fios no mercado, os AirPods são sem sombra de dúvida os que mais brilham neste segmento. A Apple mudou o paradigma da utilização dos earbuds quando forçou o mercado a deixar o jack 3,5 mm. Contudo, só fez quando já tinha preparado o seu trunfo, o dispositivo que haveria de trazer muitas vendas à empresa. Agora, segundo as estimativas com base nos resultados aprestados em 2020, a Apple ganha mais dinheiro a vender AirPods do que a Mastercard ou a Uber num ano inteiro.
Este “novo” mercado da empresa de Cupertino é realmente valioso, além dos AirPods clássicos, a oferta inclui os AirPods Pro e AirPods Max. Em breve haverá mais um elemento na família.
A Apple é uma empresa que não deixa o mercado indiferente. Cada vez mais tentacular, tem numa alargada gama de produtos liderança nos respetivos segmentos e uma força própria para criar tendências e orientar os utilizadores num determinado sentido de consumo. No mundo, não há muitas marcas que o consigam fazer como a Apple.
Com uma alteração arrojada na sua oferta, ao retirar os auscultadores tradicionais, com fio, das caixas dos iPhones e ao tirar dos iPhones a porta jack 3,5 mm, deu um incentivo ao mercado para se apostar mais nos auscultadores sem fios e resultou!
Desde 2017, ano após ano, a rubrica “acessórios” tem crescido na apresentação de resultados da empresa, muito por culpa dos AirPods.
Os AirPods fazem a diferença?
De acordo com uma publicação de Thung Phan, editor e analista canadiano, seguidor do mercado Apple, há uma estimativa da receita muito interessante que envolve a venda dos AirPods e de outras vendas de gigantes mundiais, relativa a 2020.
Segundo o analista, a Apple terá vendido no passado ano algo como 16 mil milhões de dólares só de AirPods. Portanto, será mais do que as vendas globais de empresas como a Adobe, eBay, Uber ou mesmo Mastercard.
Apple’s AirPods did ~$16B in 2020.
More than: (LTM)
• Mastercard ($15.4B) • Estee Lauder ($14.3B) • Adobe ($14.4B) • Kellogg ($13.9B) • Nordstrom ($11.6B) • eBay ($11.2B) • Uber ($10.8B) • Bed Bath ($9.9B) • Intuit ($8.9B) • Chipotle ($6.3B) • Under Armour ($4.8B) pic.twitter.com/yHN64lvI02
— Trung Phan 🇨🇦 (@TrungTPhan) July 20, 2021
Se dúvidas houvesse que os acessórios que a Apple vende são uma enorme fonte de receita para a empresa, olhando para os valores apresentados, percebemos que não é ao acaso. Cada cabo, cada bracelete, uma capa ou um carregador, vendido aos milhares de milhões, fazem um bolo enorme.
Isto é, a empresa declarou como da receita da divisão de acessórios e wearables (vestíveis), 30.620 milhões de dólares em 2020. Sim, aqui estão incluídos produtos como os AirPods ou Apple Watch. No entanto, e segundo as tais estimativas da Canalys, mais de metade da receita têm proveniência da venda dos auscultadores sem fios da marca.
Auscultadores dão saúde financeira só por si
Se a Apple só vendesse auscultadores, só isso daria uma boa saúde financeira à empresa de Cupertino.
Amanhã, dia 27 de julho, saberemos se esta divisão continua a dar bons resultados numa nova informação à imprensa relativa aos valores do último trimestre fechado.
Segundo os rumores, e conforme já referimos também, a Apple planeia apresentar os seus AirPods de terceira geração com o iPhone 13 e poderá lançá-los ao mercado entre o outono deste ano e o início de 2022. Além disso, também se fala em 2022 serem apresentados os novos AirPods Pro, o que viria dar continuidade a um elemento cada vez mais preponderante para a marca.