A segurança pode tomar vários contornos e ser conseguida de várias formas. Desde o escândalo da NSA, revelado por Edward Snowden, que existe uma maior consciencialização para este problema.
Para se proteger, a Apple está a ponderar passar a ser fabricante dos seus próprios servidores, evitando que estes estejam expostos fora do seu controlo.
A batalha da Apple contra o FBI tem garantido à empresa uma aura de inviolabilidade dos seus sistemas, algo que desde sempre quis ter presente. A segurança que oferece aos seus utilizadores tem de ser mantida a todos os níveis e, por isso, a Apple prepara-se para mudar radicalmente a sua postura.
Várias fontes dão como certa a intenção da Apple de começar a desenhar e a construir os seus próprios servidores, garantindo desta forma que tem o controlo total sobre onde estes equipamentos estão e sobre a que acessos estão expostos. A necessidade deste controlo vem do receio da Apple em que as agências governamentais possam aceder a estes equipamentos, enquanto estes estão em trânsito entre os fabricantes e a empresa.
Este não é um medo infundado e já antes se provou que, por exemplo, a NSA desviava temporariamente encomendas de material electrónico para que pudesse instalar versões alteradas de firmware ou simplesmente para colocar software que permitisse aceder remotamente a estes equipamentos.
Com o crescente investimento da empresa em centros de dados, principalmente para suprir as suas necessidades para os seus serviços Cloud e para terminar a dependência da sua concorrência directa, a Apple quer assim controlar todos os passos do processo de criação dos equipamentos que vão equipar esses centros de dados.
Ao mesmo tempo que garante esta segurança, a Apple conseguirá também obter o máximo rendimento das suas máquinas, sem ter de depender de outros fabricantes.
Esta é mais uma medida que a empresa vai implementar para ter total autonomia e conseguir manter-se longe do possível controlo do estado norte americano e do acesso indevido aos dados dos utilizadores.