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Agência americana de combate ao tráfico de drogas usa o AirTag para seguir o rasto

Um localizador AirTag da Apple foi escondido numa prensa de comprimidos pela DEA. Esta investigação recorreu a este dispositivo por ser pequeno, fiável o que o torna numa ferramenta atrativa para as forças policiais. Os resultados foram interessantes.


Em maio do ano passado, agentes fronteiriços intercetaram dois pacotes vindos de Xangai, China. Dentro de um deles havia uma prensa de comprimidos, uma máquina utilizada para comprimir o pó e transformar em comprimidos, na outra alguns corantes de comprimidos.

Acreditando que se destinavam a um fabricante ilegal de narcóticos, a Drug Enforcement Agency (DEA) foi chamada a intervir. Os investigadores da DEA inspecionaram os dispositivos, mas em vez de cancelarem o carregamento ou fazerem uma visita ao destinatário pretendido, tentaram algo que nunca tinham experimentado antes: esconderam um AirTag dentro da prensa de comprimidos para que pudessem seguir os seus movimentos.

 

Porquê utilizar um AirTag?

Segundo revela a Forbes, a DEA não disse a razão de ter optado por utilizar um AirTag em vez de qualquer outro tipo de localizador GPS. No mandado de busca, um agente observou simplesmente que “informações precisas de localização para a [prensa de comprimidos] permitirão aos investigadores obter provas sobre o local onde tais indivíduos armazenam as drogas e/ou o produto da droga, onde obtêm substâncias controladas, e onde mais as distribuem”.

Quem percebe o modus operandi desta agência governamental referiu que a DEA pode ter estado a testar o AirTag devido a falhas nos tipos de dispositivos GPS atualmente disponíveis para a polícia, que “às vezes funcionavam, às vezes não”. Um AirTag “pode ser escondido mais facilmente e é menos provável que seja encontrado por suspeitos”.

Os dispositivos da Apple estão cada vez mais precisos e são leves, pequenos e duradoiros. A plataforma que suporta este localizador, a Rede Encontrar”, está maior, com mais dispositivos ligados e isso permite aos AirTags uma ação muito mais abrangente que outros localizadores GPS.

Claro, não podemos esquecer que a própria lei, que agora os quer usar, também forçou a Apple a medidas que defendam as pessoas de serem vigiadas. Assim, refere a publicação, este método pode não ser tão útil como a polícia esperaria. Conforme sabemos, após numerosos casos em que perseguidores abusaram da tecnologia para localizar mulheres, a empresa de Cupertino foi mesmo levada à justiça em dezembro de 2022.

Como resultado, a Apple atualizou este dispositivo para que possa ser detetado em certas situações. Principalmente quando o “suspeito” passa algum tempo com o objeto onde está o AirTag e segue rotas identificadas como as de sua casa ou trabalho. Isto para o sistema da Apple perceber se se trata de stalking.

Por outro lado, os AirTags também emitirão um sinal sonoro quando estiverem muito tempo afastados do seu proprietário.

No entanto, qualquer um destes casos pode ser muito particular e não se aplicar ao objetivo da investigação. E poderá culminar no resultado esperado pela DEA.

 

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