Os smartphones de topo podem por um lado ser máquinas de elevado desempenho, mas a preços mais acessíveis, ou máquinas que, aliado ao elevado desempenho, incluem pormenores que fazem com que o seu preço aumente de forma exponencial. Os modelos dobráveis, de uma forma geral, integram este último grupo e a Huawei, que continua a desempenhar um papel importante no universo dos smartphones, também tem as suas propostas.
Durante alguns dias tive a oportunidade de testar o Huawei P50 Pocket e imergir uma vez mais neste mundo dos smartphones de luxo.
Huawei P50 Pocket – As especificações gerais
O Huawei P50 Pocket é um smartphone dobrável, em formato de concha, com um ecrã de 6,9″ OLED, com resolução FullHD+. Este ecrã dobrável oferece ainda taxa de atualização máxima de 120Hz e 107 mil milhões de cores. O ecrã exterior é um pequeno círculo OLED de 1,04″ de 340 x 340 píxeis.
O processador que integra é um Snapdragon 888 4G e há que contextualizar que este modelo já foi apresentado em dezembro de 2021, o que justifica a utilização deste modelo. O facto de ser 4G há muito que está justificado pelas restrições impostas pelos Estados Unidos à fabricante.
Traz 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento interno, o sistema operativo é a EMUI 12, desenvolvido pela própria Huawei.
Ao nível das câmaras temos uma principal True-Chroma de 40 MP (abertura de f/1,8), outra ultra grande angular de 13 MP (abertura de f/2,2) e uma outra ultra spectrum de 32 MP. A câmara de selfies é de 10,7 MP.
A bateria que integra tem capacidade de 4000 mAh com carregamento rápido de 40W. Integra NFC, Bluetooth 5.2, USB-C, e Wi-Fi 802.11a/b/g/n/ac/ax.
O Huawei P50 Pocket pesa 190g e tem uma largura de 75,5mm. Aberto mede 170 mm de altura e 7,2mm de profundidade, dobrado tem 87,3mm e 15,2 mm, respetivamente.
Construção e design de um smartphone dobrável
No mercado nacional, a versão disponível é o Huawei P50 Pocket dourado, uma edição premium. Este modelo tem um design criado em colaboração com o estilista de alta-costura Iris Van Herpen, apresenta um estilo surpreendente de padrões de fluxo orgânico em tons dourados, trazendo um elemento de movimento.
É um dispositivo leve e elegante cujo maior ponto de destaque vai sem dúvida para o facto de ser dobrável. Neste caso, segundo a fabricante, o Huawei P50 Pocket integra uma dobradiça multidimensional reforçada com materiais inovadores, que permite dobrar o smartphone na perfeição e desdobrá-lo sem que se veja qualquer vinco.
A transformação perfeita de um smartphone dobrável num smartphone de ecrã inteiro topo de gama.
De facto a dobradiça é um elemento a destacar neste modelo, já que permite uma abertura e fecho suaves. Vincos não existem, pelo menos no tempo de testes, mas é evidente que é percetível no vidro do ecrã a zona da dobra.
Na zona da dobradiça, quando fechado, destaca-se a inscrição da marca. Na lateral esquerda há apenas um slot para cartões, em baixo, os altifalantes, microfone e porta USB-C e na outra lateral, o botão de volume e sensor de impressões digitais.
Há depois o módulo da câmara com os três sensores e o flash LED e ainda o segundo ecrã auxiliar na traseira.
Os ecrãs
O Huawei P50 Pocket vem equipado com dois ecrãs, sendo o ecrã de 6,9″, dobrável, com tecnologia OLED e resolução FullHD+. Este ecrã oferece taxa de atualização máxima de 120Hz e 107 mil milhões de cores.
O ecrã exterior é um pequeno círculo OLED de 1,04″ de 340 x 340 píxeis, tátil.
Do ecrã principal há que destacar a sua qualidade, mesmo sendo dobrável. Não é um ecrã que ganha muitas dedadas, como outros que já testámos, tem um bom acabamento que não faz lembrar películas de plástico, além da resolução, definição e o próprio equilíbrio de cores.
Como já foi referido, o ecrã não apresenta vincos na dobra, mas não é uma área que passe de despercebida. O tempo de utilização também não foi suficiente para perceber em que momento poderia vir a evoluir para uma área realmente vincada.
Já o pequeno ecrã exterior OLED de 1,04″ de 340 x 340 píxeis, irá albergar informação e ações rápidas como notificações, atender chamaras, tirar selfies, controlar multimédia, entre outras opções.
O desempenho e funcionalidades exclusivas
O desempenho de um smartphone com 12 GB de RAM e um SoC Snapdragon 888 4G já não corresponde ao melhor que o mercado tem para oferece, mas, ainda assim, é bastante competente, sem problemas a destacar.
Vem com a EMUI 12, já descrita aqui no Pplware. Nestas questões de interfaces de utilizador as opiniões dividem-se, mas no meu caso, que uso diariamente, considero bastante intuitiva, fluida e as suas funcionalidades são úteis. Até as animações acabam por ser interessantes.
Um dos pormenores únicos deste dispositivo de luxo é a inclusão se um sensor que ajuda a identificar se a pele do seu utilizador está devidamente protegida com protetor solar, e tudo isto pode ser acedido através do ecrã externo.
O smartphone tem ainda um modo de Super Privacidade que permite desligar o microfone, a câmara ou o GPS quando o Huawei P50 Pocket está dobrado. Além disso, tem desbloqueio por reconhecimento facial e impressão digital.
As câmaras
Ao nível das câmaras temos uma principal True-Chroma de 40 MP (abertura de f/1,8), outra ultra grande angular de 13 MP (abertura de f/2,2) e uma outra ultra spectrum de 32 MP. A câmara de selfies é de 10,7 MP.
A tecnologia de imagem Ultra Spectrum integra o Huawei XD Optics e o motor de imagem True-Chroma para melhorar a nitidez e visibilidade da luz permitindo destacar os detalhes naturais e as cores vívidas, sendo o resultado uma fotografia realista e incrível.
Além de todas as opções de captação e resultados incríveis mesmo em ambientes mais escuros, destaca-se, por exemplo, a captação de fotografias com Fluorescência com a câmara Ultra Spectrum.
Eis outros exemplos:
Uma imersão no mundo dos smartphones de luxo dobráveis
O Huawei P50 Pocket é um smartphone disponível por 1499,90 €, pelo que, face às suas especificidades pode ser considerado um smartphone de luxo.
O seu design exclusivo, as suas funcionalidades únicas e o facto de ser dobrável vem justificar o elevado preço.
A utilidade de um smartphone dobrável ainda é questionável. De facto é uma De facto é uma peça exclusiva e que faz com que o utilizador possa ter algo realmente diferente e que faz com que o utilizador possa ter algo realmente diferente.
No entanto, em termos de funcionalidades dedicadas ao ecrã dobrável, a Huawei, tal como outras fabricantes, ainda tem uma ampla margem para atuar, para que a utilidade se junte realmente ao fator exclusividade.