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Análise Predator: Hunting Grounds (PS4)

Após uma longa pausa os Predadores estão de volta ao mundo dos videojogos.

Se não estão familiarizados ou se nunca viram um dos filmes mais épicos de Arnold Schwarzenegger cujo título é precisamente “Predador”, fiquem a saber que esta raça alienígena, com uma fisionomia humanoide e com um rosto aterrador, tem como passatempo favorito a caça de outras raças, como, por exemplo, os seres humanos e os xenomorphs (Aliens), e claro, que se orgulha de exibir as carcaças destas raças como troféus.

Fiquem com a análise de Predator: Hunting Grounds para a PlayStation 4.


Este é o mais recente videojogo da Illfonic, os mesmos developers que fizeram a adaptação de Sexta Feira 13 e que deram uma ajudinha no desenvolvimento de Evolve.

Estes videojogos têm a particularidade de partilharem uma jogabilidade semelhante, que é a de colocarem um único jogador a controlar uma personagem com habilidades sobrenaturais contra um grupo de jogadores a controlarem personagens mais fracas.

Predator: Hunting Grounds não tem nenhum modo de história ou campanha, e excluindo ou tutorial. O único modo de jogo é jogado exclusivamente online, seja com jogadores aleatórios ou criando a nossa própria sala de jogo para jogar com amigos.

Os únicos contextos históricos são dados em forma de texto, antes de cada uma das três missões disponíveis e através de uns colecionáveis de áudio, que podemos apanhar durante as missões.

Como já mencionado, a jogabilidade de Predator: Hunting Grounds tem uma forte inspiração noutros jogos, como, por exemplo o Evolve ou o Sexta Feira 13, mas claro, adaptado ao universo do Predador. Aqui um jogador é colocado a controlar o predador e outros quatro jogadores a controlar os soldados.

A missão dos soldados é efetuar vários objetivos para progredir na partida, como, por exemplo: destruir carregamentos de droga, ativar satélites, destruir servidores, matar determinado inimigo, etc. Por sua vez o objetivo do predador é muito mais simples, matar os soldados e impedir que estes consigam escapar de helicóptero.

O jogo

Um jogo normal decorre da seguinte forma: os jogadores que controlam os soldados são largados num ponto do mapa e têm que cumprir os objetivos enquanto a, bastante pobre, IA de soldados inimigos e o jogador a controlar o Predador os tenta impedir.

Por sua vez, o jogador a controlar o Predador, é colocado noutra ponta do mapa e tem que usar as habilidades para identificar a localização dos soldados e tentar eliminá-los.

Basta um soldado conseguir escapar com vida para ser considerada uma vitória para os soldados.

Os “Carne para Canhão”

A jogabilidade dos soldados é o genérico de um first person shooter, temos a nossa arma principal, que pode ser uma metralhadora, uma espingarda ou uma carabina, temos a arma secundária, que pode ser uma pistola, uma caçadeira ou uma UZI.

Existem ainda as habilidades e o equipamento que podemos carregar que está dependente da classe escolhida. Um soldado pode ter até três habilidades equipadas para equilibrar a luta contra a IA e contra o predador.

As Classes de Marines

As classes estão divididas em quatro categorias: assalto, reconhecimento, batedor e suporte. A classe “assalto” é a mais equilibrada, ou seja, tem os parâmetros de vida, resistência, movimentação e equipamento distribuídos igualmente.

Outra classe disponível é a de reconhecimento que privilegia mais a resistência, permitindo correr pela selva durante mais tempo. A classe “batedor” dá mais ênfase à movimentação e agilidade.

Por fim a classe de “suporte” dá-nos mais pontos de vida em detrimento da agilidade e movimentação. Da minha experiência em muitas das partidas, raro era o jogador que não usava a classe “assalto”, e de facto não há uma grande diferenciação nem motivação para mudar de classe, principalmente quando duas destas classes só se desbloqueiam quando atingimos um determinado nível.

O Predador

Se por acaso tiverem a sorte de conseguirem jogar como predador, digo isto porque o matchmaking pode demorar mais de 20 minutos caso queiram jogar como o Predador, então vão poder experimentar o melhor que o jogo tem para oferecer.

A jogabilidade do predador é na terceira pessoa e é extremamente divertida. A movimentação, a que a Illfonic chama de “predkour”, é bastante intuitiva e rápida. Temos a possibilidade de subir e movimentarmo-nos pelas árvores da selva, de forma a nos aproximarmos e calcularmos a melhor abordagem contra os soldados.

A clássica visão térmica e camuflagem do predador marcam presença e são das habilidades mais úteis do nosso arsenal, uma vez que até desbloquear todas as armas, pode levar um bom bocado, como, por exemplo, o disco de laminas, que podemos atirar e controlar ou o arco e flecha. Também é possível alterar a classe da mesma maneira que os soldados, de forma a privilegiar certos parâmetros do predador, seja a vida, a movimentação ou a resistência.

O jogo usa o Unreal Engine como motor gráfico e não é de todo a melhor implementação que já vi. Excluindo o modelo do Predador, que está fantástico, e da vegetação, o resto é tudo muito banal. Principalmente as animações, com um aspeto muito amador, sendo a exceção mais uma vez o Predador que tem claramente as melhores animações do jogo.

A performance também não é a melhor, com uma imagem pouco nítida e uma framerate que aparenta oscilar de forma aleatória, tanto em momentos de menos ação ou de mais ação.

Veredicto

Há muito poucos motivos para recomendar Predator: Hunting Grounds. Seria fácil dizer o contrário caso houvesse outros modos de jogo que promovessem o uso rápido do Predador, mas infelizmente estamos confinados a um modo de jogo que pode demorar imenso tempo até encontrar uma partida.

Uma clara oportunidade perdida de conciliar a jogabilidade do Predador numa campanha singleplayer ou até de um modo de jogo de Predador contra Predador.

Predator: Hunting Grounds

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