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Recorde na Fibra óptica: 1 TB em apenas 31 milissegundos

O mundo das telecomunicações está em constante evolução! Por um lado a tecnologia wireless tem-se assumido como uma solução preferencial e credível, até em cenários mais exigentes em termos de throughput, e a investigação em torno da fibra óptica, com o objectivo de “derrubar” os limites de transferência actuais, tem apresentado resultados fantásticos.

Recentemente, de acordo com o site ExtremeTech, o novo recorde para transmissão de dados sobre fibra óptica passou para os 255 terabits/s.

Está batido mais um recorde no campo da transmissão de dados! Em 2009 informamos aqui que investigadores da Universidade de Karlsrushe, na Alemanha, tinham conseguindo atingir uma marca notável de 26 Tbps terabits/s, usando apenas um único feixe de luz num cabo de fibra óptica.

Em Agosto o recorde passou para os 43 terabits/s, ou seja o equivalente em efectuar o download de 1GB em apenas 0,2 milissegundos. Recentemente um grupo de investigadores elevou a fasquia e consegui alcançar aos 255 Tbps com uma única fibra.

O que significa 255 terabits/s?

Em termos de transferência de dados, 255 Tbps é o equivalente a 32 terabytes por segundo – o suficiente para transferir um filme de 1 GB em apenas 0,03 milissegundos (31.25 micro-segundos ou simplesmente 0,00003 segundos) ou, por exemplo, descarregar um disco de 1 TB em apenas 31 milissegundos.

Fazendo umas contas simples, a velocidade agora alcançada é semelhante à atingida por TODOS os cabos de fibra óptica submarinos (cerca de 800 mil kms), em horários de tráfego intenso.

Colocando tal valor numa perspectiva real, podemos considerar o exemplo das operadoras que actualmente, nos Estados Unidos, “apenas” conseguem oferecer links com uma velocidade máxima de 100 Gbps, isto significa que as tecnologias actuais são aproximadamente 2550 vezes mais lentas comparativamente ao recorde agora atingido.

Mas como foi atingida tal marca?

Na prática, e usando um pouco o know how de recordes anteriores, os investigadores recorreram a uma única fibra multi-núcleo (de 7 núcleos – tendo assim 7 “canais” para transferência de informação). De referir que o actual recorde de 43 Tbps também foi atingido recorrendo a uma fibra óptica multi-core, igualmente de 7 núcleos.

Segundo os resultados apresentados, foi possível atingir velocidades de 5,1 Tbps usando uma única fibra de vidro com 7 núcleos individuais. Recorrendo posteriormente a técnicas de multiplexagem, mais concretamente WDM (Wavelength-division multiplexing) – multiplexagem por divisão de comprimento, os investigadores conseguiram ampliar para 50x o número de frequências de luz capazes de passar pela mesma fibra, perfazendo assim a fantástica marca de 255 Tbps (50×5,1 Tbps).

A multiplexagem é um operação onde vários sinais analógicos ou digitais são combinados num único sinal para serem transmitidos num único canal. No caso do WDM, os sinais ópticos são multiplexados no domínio do comprimento de onda.

Chigo Okonkwo, professor da EUT e um dos autores envolvidos no estudo, revelou que as fibras individuais têm menos de 200 mícrons de diâmetro.

Via ExtremeTech

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