O Consultório Pplware traz-nos questões muito interessantes que até nos ajudam a perceber como os utilizadores olham para os seus computadores e respetivos sistemas operativos. Nestas questões, são abordadas dúvidas que são comuns a milhões de utilizadores, mas uns têm a “audácia” de perguntar: “Mas afinal, para que serve a pasta AppData?”
Bom, falemos então da utilidade da pasta AppData que se encontra no sistema operativo da Microsoft. Se já passou por ela e até teve tentação de a apagar, sabe para que serve a pasta AppData?
A AppData é uma pasta de sistema, criada para que as aplicações do Windows e de terceiros guardem os seus dados e configurações. Esta pasta é criada por utilizador, permitindo assim que cada utilizador tenha as suas configurações próprias e não interfira com as configurações de outros utilizadores. Nós já abordamos este assunto há uns anos atrás e até já falamos nesta pasta para outras temáticas. Basicamente adaptamos agora este guia ao mais recente Windows.
Como encontrar a pasta AppData
A pasta AppData foi introduzida no Windows Vista e é utilizada pelo Windows até agora. Como cada conta de utilizador tem a própria pasta AppData, permitindo que os programas do Windows armazenem várias configurações no caso do computador ser usado por vários utilizadores, encontrará a pasta AppData dentro da pasta de cada utilizador.
Se o seu nome de utilizador for “User”, encontrará a pasta “AppData” (se tiver os ficheiros ocultos visíveis) em C:\Users\User\AppData. Pode simplesmente navegar pelas pastas até chegar à pasta ou, alternativamente, pode colocar na barra de endereço %AppData% que lhe levará diretamente para a pasta C:\Users\User\AppData\Roaming.
O que é Local, LocalLow e Roaming?
Existem três pastas dentro do AppData, e diferentes programas armazenam diferentes tipos de configurações em cada uma. Ao abrir a pasta AppData verá as pastas Local, LocalLow e Roaming.
Vamos começar com a pasta Roaming. A pasta Roaming contém dados que irão “viajar” de um PC para outro se o seu PC estiver ligado a um domínio como um perfil móvel. Isto permite que tenha acesso às suas informações ou preferências, independentemente do posto no domínio. Por exemplo, o Firefox armazena os seus perfis de utilizador nesta pasta, permitindo que seus favoritos e outros dados de navegação o sigam de um PC para outro.
A pasta Local contém dados específicos para um único computador. Nunca é sincronizado de computador para computador, mesmo que esteja num domínio. Esses dados geralmente são específicos para um computador ou contém ficheiros muito grandes e podem incluir ficheiros de cache e outros ficheiros grandes, ou apenas as configurações cujos softwares achem que não devem ser sincronizadas entre PCs.
Se não está ligado a um domínio, não há uma diferença real entre a pasta Roaming e as pastas locais. Tudo está armazenado no seu PC. No entanto, os programadores de aplicações ainda assim dividem os diferentes tipos de dados em diferentes pastas.
A pasta LocalLow é a mesma que a pasta Local, mas é desenhada para aplicações de “baixa integridade”, que são executadas com configurações de segurança mais restritas. Por exemplo, o Internet Explorer, quando executado em modo protegido, só possui acesso à pasta LocalLow. A diferença realmente não é importante para seu uso pessoal, mas algumas aplicações só precisam de uma pasta para escrever porque não têm acesso à pasta local principal.
Se um programa quiser que um único conjunto de configurações ou ficheiros seja usado por todos os utilizadores deverá utilizar a pasta ProgramData.
Essas diretrizes nem sempre são cumpridas. Por exemplo, o Google Chrome armazena todas as suas configurações e os dados de utilizador na pasta Local, enquanto esperávamos que armazenasse essas configurações na pasta Roaming.
Algumas aplicações podem ainda armazenar as suas configurações na pasta principal do utilizador, por exemplo em C:\Utilizadores\User ou na sua pasta de documentos em C:\Utilizadores\User\Documentos. Outros podem armazenar dados no registo ou numa pasta em qualquer outro local do seu sistema. No Windows, os programadores podem armazenar dados onde quiserem.