A fotografia é um mundo e todos os dias há quem o queira descobrir. Mas sem conhecermos os conceitos mais básicos, não é possível retirar dele o máximo partido.
Conhecer o básico faz com que quem está atrás da máquina consiga aproveitar cada momento, cada ponto de luz e cada segundo de tempo para obter o melhor resultado e a melhor memória fotográfica.
Vamos hoje explicar melhor alguns dos conceitos básicos da fotografia. Estes conhecimentos servem para qualquer tipo de fotografia, até mesmo para quem se começa agora a dedicar à fotografia captada por smartphones.
Cada vez mais as aplicações móveis nos oferecem uma panóplia de funções e é assim que têm aparecido os profissionais nesta área. Por isso, se acham que saber o que é o ISO ou a distância focal é apenas para profissionais, desenganem-se.
#1 Luz
Uma fotografia não é mais do que um desenho de luz. O que isto significa? Para a fotografia ser captada é necessário que exista luz natural, artificial ou a junção de ambas. A luz natural é a mais aconselhada para uma foto perfeita, no entanto, nem sempre é possível e podemos sempre utilizar a luz artificial para complementar alguma falha de luminosidade.
A luz é o mais importante de uma fotografia, sem luz temos apenas uma imagem preta e com luz em demasia temos o oposto. É necessário saber avaliar e combinar as luzes que temos à disposição.
#2 Exposição
Existem 3 tipos de exposição e 3 parâmetros que os definem. Uma fotografia poderá estar sobre-exposta, o que significa que tem luz a mais e estará queimada, ou sub-exposta que ao contrário da anterior estará com luz a menos e por isso mais escura. Mas o ideal será conjugar de forma perfeita os 3 parâmetros e conseguir a exposição perfeita e a foto tal como a idealizámos.
Parâmetros de exposição:
- Velocidade do obturador;
- Abertura do diafragma;
- ISO.
A isto chamamos o triângulo de exposição e é com ele que conseguimos a nossa foto perfeita. Sem esquecer que há momentos que pretendemos que a foto seja sobre-exposta em alguns locais. As imagens seguintes irão ilustrar uma ligeira sub-exposição e uma grande sobre-exposição.
Já na imagem que apresentamos de seguida, existe um pouco do monumento em sub-exposição para cumprir com o objectivo, ficar com as cores do pôr-sol.
#3 ISO
Mudar o ISO de uma fotografia é o mesmo que regular sensibilidade do sensor à luz. Assim, se aumentar o ISO, irá fazer com que a luz que entra na lente seja maior e terá como resultado uma foto mais clara.
O problema existe quando se muda o ISO de uma forma desaconselhada para a foto que pretendemos fazer, a imagem poderá ganhar demasiado grão. Assim ficará uma fotografia com demasiado ruído e deixa assim de ter a qualidade que com toda a certeza gostamos que as nossas fotos tenham.
Nos exemplos abaixo, a primeira foto tem o ISO a 100 e a segunda está a 6400. Como podem verificar, em ambas existe demasiado grão quer na fita quer a madeira.
Algumas dicas sobre o ISO:
- Aumenta a sensibilidade do sensor à luz;
- Quanto maior o ISO maior o ruído;
- Fotos com mais luz = Fotos mais claras.
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#4 Velocidade do Obturador
A velocidade do obturador é o tempo que o sensor de luz estará exposto. Assim e alterando este tempo, conseguimos efeitos como o da foto do Daniel Pimenta. Ao deixar a lente aberta por 30 segundos, fez com que o trânsito de Lisboa se tornasse em linhas. Se este efeito fosse utilizado numa fotografia à beira mar, as ondas ficariam como se fosse uma simples neblina.
Quanto mais alta for a velocidade, mais facilmente “congelamos” aquele momento. Caso baixe a velocidade, irá começar a ter o movimento que muitas vezes procuramos numas fotos e abominamos noutras.
#5 Abertura do Diafragma
A nível de abertura, aparecendo nas câmaras como f/stop. Quanto maior for a abertura da lente, mais luz passa pela mesma, ficando a fotografia mais exposta. Ao mudar a abertura da lente, vamos também poder brincar com a profundidade de campo.
De lembrar que, uma grande abertura faz com que exista uma menor profundidade de campo e os elementos mais afastados ficarão desfocados. Para uma maior profundidade de campo, ficando assim com os elementos mais afastados igualmente focados, deverá ter uma menor abertura do diafragma da lente.
O nosso leitor e membro do grupo de Facebook Pplware @ Fotografia, Jóni Araújo enviou-nos um exemplo de uma fotografia com abertura a f/22. Como poderão ver, foi conseguido um efeito da água a cair extremamente interessante. A abertura do diafragma permite-nos ter acesso a uma panóplia de “jogos” para tornar as nossas memórias fotográficas tal e qual as imaginámos.
#6 HDR
High-dynamic-range, este é o nome complicado que é mais conhecido por HDR ou HDRI. Começou a ser usado há pouco tempo e consiste em fazer uma imagem com uma maior gama de cores. Para isto, é feita uma sequência de fotos com exposições diferentes e, posteriormente, é feita a montagem da imagem final.
Este resultado vai conseguir mostrar zonas que numa fotografia normal ficariam na sombra, ficando com um maior detalhe e, por norma, com uma cor bem mais forte do que as fotografias sem qualquer montagem.
O membro do grupo Pplware @ Fotografia, Rodolfo Reis, enviou-nos uma sequência feita com velocidades diferentes (30s, 15s, 5s) e com a união destas três fotografias garantiu uma magnifica imagem do Parque Eduardo VII – Lisboa.
O resultado desta sequência é sem dúvida impressionante. A ideia será sempre ter várias fotos exactamente iguais mas com definições de exposição diferentes de forma a que tenhamos fotografias que consigam mostrar todos os detalhes. Eis o resultado:
Depois destes primeiros conhecimentos mais básicos é pegar na máquina e fotografar. Não ter medo de errar é meio caminho andado para que possamos aprender. A fotografia é uma arte, inspirem-se.
Não se esqueçam de passar pelo nosso mais recente grupo de Facebook, o Pplware @ Fotografia, para darem a conhecer o vosso talento, deixando o máximo de informações dos vossos trabalhos. Assim poderemos todos aprender.