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10 conselhos de ajuda à resolução de problemas do PC (2)

PARTE 2

O Consultório Pplware recebe semanalmente as mais comuns dúvidas e pedidos de ajuda a nível tecnológico e um dos temas mais comuns é o PC com o Windows.

Ao longo das edições constatamos que algumas das perguntas enviadas se repetem uma e outra vez. Por outro lado, existem também questões que não dão para responder pelo que a ajuda de um profissional pode ser a solução final. Direccionado claramente para os utilizadores Windows, e depois da primeira parte do artigo, apresentamos hoje os restante 5 tópicos de respostas de ajuda, gerais, que os leitores podem aproveitar e ter como referência quando alguma eventualidade surgir.

6. Possuir duas ferramentas antivírus é melhor do que uma só?

É um dos problemas mais comuns dos dias de hoje a «sobre-instalação» de ferramentas de segurança. Especialmente quando possuímos um PC com características mais poderosas que nos levam a acreditar que a sua capacidade de processamento será capaz de lidar com duas ferramentas ao mesmo tempo.

A verdade é que o conceito induz em erro. Seria como misturar água e vinho mas querer obter paladares diferentes dessa mistura e pior, na sua combinação, podemos conseguir efeitos colaterais desagradáveis​​.

Ter um antivírus activo significa o arranque com o Windows e uma execução permanente na memória, acabando por proteger em tempo real contra vírus ou qualquer outra forma de malware. Ao deixar dois programas de antivírus activos e carregados em memória ao mesmo tempo é, no mínimo, aquilo a que se pode apelidar de uma redundância no que toca a consumos e tipologia de função.

Os consumos gerados com duas ferramentas de protecção contribuem para uma drástico aumento da execução de ciclos de memória RAM e CPU o que levará inevitavelmente à lentidão de qualquer outro programa em execução.

Mas mesmo abordando a questão da lentidão faltou mencionar também eventuais problemas de compatibilidade: os conflitos que se podem gerar levam habitualmente a que outros programas deixem de funcionar e o Windows passa a ser mais instável.

No caso dos utilizadores que apesar de possuírem uma ferramenta antivírus continuam desconfiados, então recomenda-se, por exemplo, um scanner de malware. No PPLWARE já recomendamos alguns ficando os exemplos do SuperAntiSpyware ou Malwarebytes. Recomenda-se a sua utilização 1 ou 2 vezes por semana consoante a tipologia de uso de casa um.

 

7. Eliminar ficheiros de forma permanente ou até mesmo todo o disco rígido

Se calhar alguns leitores não sabem que quando eliminam um ficheiro na verdade os dados não são apagados, mesmo que se tenha esvaziado a Reciclagem do Windows. O certo é que a informação fica escrita no disco até que numa próxima escrita sejam sobrepostos. Esta situação acontece mesmo quando formatamos um disco, a informação, ainda que apagada, permanece lá.

Ora para quem necessita recuperar informação eliminada por engano estas são boas notícias. Mas e aqueles leitores que pretendem eliminar de vez os seus ficheiros com informação confidencial ou priviligiada? Torna-se premente tomar medidas especiais para nos protegermos.

Eraser é o nome de um dos melhores programas gratuitos para conseguir excelentes resultados. O prograna integra-se no Explorador do Windows e permite obter o melhor rendimento no que toca à eliminação permanente de conteúdos apagados. Por outro lado, existe uma ferramenta bastante útil e conhecida do grande público que também permite apagar os conteúdos que se encontrem na Reciclagem do Windows de forma permanente, através do método da sobreposição, o CCleaner.

No entanto, o método mais fiável que podemos tomar para tornar a limpeza dos nossos conteúdos efectiva e sem possibilidade de recuperação é através de um passo mais complexo. Primeiro escolhemos a informação que pretendemos eliminar. Depois encriptamos tudo com, por exemplo, um programa de encriptação e finalmente usamos um dos métodos referidos no parágrafo anterior.

 

8. Ligação à Internet lenta mas paga ligação rápida? O que está a acontecer?

Esta questão é um problema muito comum. São muitos os leitores que se queixam da lentidão das suas conexões à Internet e que pagam verdadeiros orçamentos de Estado mensais com ligações que deveriam permitir velocidades extraordinárias. Mas isso não acontece.

A verdade é que quase nenhum operador consegue garantir as velocidades anunciadas nos pacotes de Internet que vendem, especialmente em tecnologias de ADSL ou cabo de cobre- de qualquer das formas a lei prevê isso mesmo. Mas também é verdade que mesmo não conseguido cumprir com essa realidade as velocidades reais não deveriam apresentar muitas diferenças. Neste caso a questão que se impõe é: será falha do meu equipamento ou é culpa do ISP? Vamos por partes.

Antes de tudo existem algumas ferramentas online que nos permitem diagnosticar, aproximadamente, as velocidades que possuímos actualmente. Entre os mais conhecidos estão o Speedtest ou, nacional, o NetMede da ANACOM.

Caso as velocidades não tenham correspondido ao esperado experimente testar a mesma ligação mas com outro computador. Este diagnóstico é muito simples e mostra resultados directamente: se obteve melhores resultados no segundo computador então o problema está do seu lado.

Existe também a questão das ligações. Antes de tudo evite fazer este tipo de teste de velocidade através da rede Wifi. Se estiver ligado por esta via ligue-se via Ethernet, cabo de rede. Caso o tenha feita já via cabo de rede opte por trocar de slot de entrada para o cabo de rede no router ou considere também a possibilidade de trocar de cabo.

A questão da cablagem é muito importante. No caso de estarem a acontecer problemas de velocidade tente trocar alguns cabos como por exemplo do router para o modem ou até mesmo o cabo que vem de fora até ao modem.

Outra solução pode passar pela actualização de vários firmwares, do router ou do modem. Geralmente o manual de instruções de cada equipamento pode trazer um pequeno guia de como fazê-lo. Os novos firmwares costumam estar disponíveis nos sites dos fabricantes dos mesmos.

Caso nenhuma destas soluções tenha resultado há que experimentar uma ligação directa, ou seja, desligue o modem e ligue-o directamente ao PC sem passar pelo router. Alguns modems requerem algumas modificações no sistema operativo, mas a grande maioria requer apenas que se reinicie o modem.

Outra solução ainda mais drástica passa pela troca de modem ou router. Um dos dois pode estar, de alguma forma, avariado e não permitir obter o melhor rendimento esperado. No caso de que ambos equipamentos sejam do operador, então é comum que lhe troquem tudo sem qualquer custo associado. Na grande maioria dos casos apenas o modem é do operador pelo que no caso de se tratar de uma avaria no router o custo sairá do nosso bolso.

Se depois de tudo acima testado o problema de velocidades persiste então é mais grave do que parece e a culpa poderá mesmo ser do ISP. Neste caso não existem boas notícias: vai ser difícil, mas não impossível, restabelecer o fornecimento da velocidade inicialmente contratada. Pelo lado positivo podemos ver a possibilidade de negociação que esta situação nos pode trazer, pois podemos alegar que por não cumprirem a velocidade podem sempre oferecer um canal temático à nossa escolha…às vezes funciona.

 

9. Como arquivar ficheiros de modo a conservá-los durante anos?

Infelizmente cada vez mais assistimos a uma máxima na informática: nada dura para sempre! Respostas sobre quanto tempo pode durar um meio de armazenamento são efémeras, para nem falar nos formatos de ficheiros se serão ou não suportados daqui a 20 ou 30 anos. Neste caso aplica-se de qualquer das formas um conselho muito útil: faça backups de forma MUITO regular.

A única certeza é que não podemos ter certeza que a nossa descendência irá usufruir ou não dos nossos arquivos digitais. Comecemos mesmo pelas extensões. Seguindo a metodologia das mais populares extensões, tente guardar em formatos como .docx, .doc, .pdf, .html, .jpg, .png, .mp3 e .wav entre muitos outros. No vídeo pode ser mais complicado pois todos os dias mudam os standards da indústria e nem sempre é garantido que seja compatível com o futuro. No entanto, um dos formatos que mais se tem sustentado digitalmente é o formato .avi com codificação xVid ou DivX e .mov, sendo este último um formato proprietário.

Uma das tecnologias actuais que mais pode durar no tempo são os SSD e no caso de pensarmos guardar a informação por longos períodos de tempo então esta possibilidade deve ser considerada. Neste campo é uma questão de ir acompanhando a tecnologia em crescimento. Actualmente, testado pelo governo norte americano os M-Discs foram considerados como o meio mais eficaz para guardar informação no tempo – com aproximadamente 1000 anos de duração -, contudo este sistema requer um gravador próprio mas oferece como vantagem o facto de de poder ler em qualquer leitor de DVD no futuro.

 

10. A partilha de palavras-chave afinal é importante!

Passamos a vida a ler e a receber instruções que não devemos divulgar os nossos dados e em especial as nossas palavras-chave. Certo! Mas pensemos de forma prática: não vamos durar para sempre. A morte é inerente a todo o ser vivo e quando isso acontece a um leitor que tenha uma vida cibernética activa mas o qual tenha dificultado o acesso aos serviços habitualmente utilizados então isso é um problema para familiares e pessoas próximas!

Devemos ter em conta que quando falecemos os nossos entes queridos necessitam de ter acesso às nossas contas bancárias, contas de email e até mesmo, imaginem, às partes encriptadas dos PC. Esta é a única excepção de partilha de uma informação tão privada e sensível que é a password de um qualquer serviço. Assim, é nossa obrigação encontrar alguém em quem possamos confiar e deixar-lhe o acesso a todas as nossas palavra-chaves.

Não é fácil? Claro que não mas podemos evitar MUITOS problemas e horas perdidas para quando já não estejamos por cá, porque depois fica tudo para os vivos! Por exemplo, o Google tem uma página para esse efeito, quando morre um ente querido podemos consultar uma página muito específica.

Contudo existem outras formas de dar a volta. Ok, não encontramos ninguém de confiança total para ficar com as nossas passwords. A solução é mais simples: fazer uma compilação de serviços e passwords e imprimir tudo. Guardar a impressão num local de fácil acesso e ter esperança que esse documento seja encontrado com facilidade.

Em último caso, se se pretender gastar alguns euros, podemos sempre recorrer a um assistente legal, vulgo advogado, juntamente com um testamento, mas como disse, esta opção pode somar custos que não estão ao alcance de todos.

E pronto, fica este pequeno guia dividido em 2 artigos. Existem muitas outras questões que podemos ir acrescentando, mas contamos também com os nossos leitores para ir deixando as suas dicas. Obrigado.

 

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