Actualmente é importante estar informado para conseguirmos usar as ferramentas certas e minimizar as perdas de tempo, aumentando com isso o workflow que por sua vez aumenta claramente a rentabilidade. Na minha área profissional, estar actualizado e ter as melhores ferramentas de trabalho, tanto a nível de hardware como software, é fundamental.
Certamente este meu principio é comum a muita gente e quando não sabemos… nada custa em perguntar a quem nos pode ajudar. Recentemente, um dos meus clientes ligou em pânico que um dos seus servidores havia encomendado a alma ao criador e… pois cópias é coisa para quem tem tempo, dizia-me ele.
De facto o disco tinha avariado e o que lá estava poderia não ser recuperado. Depois de verificar a parte electrónica do disco, de procurar algumas horas por um disco igual para substituir a board, chegou à vez de “olhar” para dentro e verificar se era recuperável o que lá estava. Conheço vários programas que já usei para variados fins, mas decidi seguir uma dica que li num comentário do Vítor M. há uns tempos aqui no PPLWARE.COM.
Comprei o GetDataBack para o sistema NTFS e, depois de ligar o disco numa estrutura slave, lá o meti a recuperar o que poderia ser recuperado, estava com fé que algo seria aproveitado, principalmente precisava chegar aos ficheiros da BD no cliente… este continuava com tensões altas e suores frios. Mãos à obra.
É importante realçar, que o software deve ser instalado num disco diferente daquele que queremos recuperar dados. Nem sempre são avarias, mas também formatações ao disco errado.
A nível de interface, o GetDataBack é bastante intuitivo e de fácil utilização.
Neste primeiro ecrã, temos as opções sobre o tipo de recuperação que queremos efectuar, desde as opções de “default” se não soubermos o que aconteceu ao disco, até caso tenhamos formatado o disco e instalado um novo sistema operativo.
Esta escolha é importante, pois ajuda o programa a optimizar o tipo de acção a realizar.
Neste caso escolhi “Ficheiros danificados / formatado”.
Ao clicar no “Next”, ele efectua uma pequena pesquisa para identificar as unidades de dados existentes. Neste ponto escolhemos o disco do qual queremos recuperar os dados.
Após seleccionado o disco, o programa começará a procurar todos os ficheiros existentes no disco, incluindo aqueles que foram apagados ou se encontram inacessíveis.
O programa entra no passo 2 (sectores do disco). Caso exista mais do que um sector, o trabalho torna-se mais complicado, pois é necessário recuperar sector a sector. No caso deste exemplo, temos apenas um sector. Seleccionamos então o sector a “recuperar”.
E é neste momento que a “magia” acontece. Os ficheiros começam a ser recuperados.
O tempo de recuperação é variável, pois depende do tamanho do disco e vai desde 10 minutos até dias. No meu caso foi um tempo intermédio.
Após finalizar este processo, temos acesso a todos os ficheiros e pastas recuperadas.
PS: Neste caso os nomes são mais “estranhos” devido ao tipo de disco que estava a recuperar, mas o normal é aparecer o nome das pastas mais comuns, como por exemplo “Os meus documentos”, “Ambiente de Trabalho”, etc.
Agora basta seleccionar os ficheiros que precisamos, e fazer o famoso “copy / paste”.
E desta forma simples conseguimos recuperar ficheiros que aparentemente estavam perdidos. O cliente não teve um colapso, aprendeu uma lição e eu realizei o meu trabalho com sucesso. Se este passo falhasse ainda haveriam algumas acções a fazer, até ao ponto de ter de o enviar para laboratórios especializados… mas primeiro quis ver se seria viável usar esta ferramenta, poderosa e intuitiva.
Não foi um trabalho complexo, a parte de recuperar os dados do disco, tendo em conta a pouca fragmentação e a estabilidade dos dados, pior mesmo foi conseguir um disco igual… mas o “lixo” nem sempre é para despejar e no meio de tantas máquinas de retoma, lá estava uma com aquilo que eu precisava.
Assim, este programa passou a ser para mim, a minha principal/inicial ferramenta na recuperação de dados.
NOTA: Este programa, como na maioria dos programas de recuperação de dados, serve somente para avarias lógicas ou de software, caso a avaria seja física, não há nada a fazer a não ser levar o disco a uma empresa especializada (é a minha sugestão).
