Duas fabricantes chinesas a “copiarem” o design uma da outra? Não seria certamente a primeira vez que tal sucederia. Especialmente no caso da Oppo, uma das maiores fabricantes mundiais de dispositivos móveis, e da OnePlus, a sua marca-irmã. Assim sendo, importa conhecer o smartphone Android da Oppo, o novo F11 Pro.
Este smartphone Android foi recentemente apresentado e merece toda a nossa atenção, sendo um produto peculiar e bastante elucidativo sobre o possível curso de ação da OnePlus.
Primeiramente, a Oppo não é a “mãe” da OnePlus. Ao contrário do que possa ser o senso-comum, ambas as empresas pertencem à mesma multinacional, a BBK Eletronics. Já, por outro lado, o CEO da OnePlus foi um dos executivos da Oppo durante vários anos, portanto, entendemos o porquê desta errónea perceção.
Chama-se F11 Pro e é o novo smartphone Android da Oppo
O seu design, ecrã e implementação da câmara fotográfica frontal são os principais pontos de destaque. Assim sendo, temos desde logo um ecrã IPS LCD que ocupa 90,1% da área total do painel frontal, segundo informação da marca.
Temos aqui um ecrã de 6,5 polegadas, resolução Full-HD+, portanto, com 1080 x 2340 píxeis. Por fim, o seu formato de 19,5:9 com uma densidade de 397 píxeis por polegada fecham este primeiro quesito.
Por sua vez, acreditamos que o smartphone Android da OnePlus, o OnePlus 7 opte por um ecrã AMOLED, tal como tem sucedido nas últimas gerações. Algo que também permitirá ao dispositivo utilizar um leitor de impressões digitais já embutido no ecrã, muito à semelhança do atual OnePlus 6T.
Este é o aspeto do Oppo F11 Pro, o noto smartphone Android desta empresa, já com a nova câmara frontal pop-up que acaba por libertar todo o ecrã. Além do mais, conta com uma câmara principal, traseira, composta por dois módulos fotográficos. Entre eles, temos já um sensor de 48 MP. Temos ainda uma segunda câmara de 5 MP para ajudar a criar um efeito bokeh, tão em voga atualmente.
O que podemos esperar do OnePlus 7?
Uma câmara fotográfica frontal que só aparecerá no telemóvel quando necessitar dela. Para tal, poderemos ter um módulo motorizado. Aí teremos um sensor de 16 MP, com abertura focal de f/2,0, tal como neste novo Oppo. Aliás, é algo que já tem sido visto em algumas (escassas) fugas de informação nas últimas semanas.
Contudo, teremos várias diferenças entre ambos os terminais Android. Note-se que os equipamentos da Oppo são, por via da regra, orientadas para o segmento de gama média/alta. Ainda que possam ser considerados os topos de gama da empresa, temos aqui alguns compromissos feitos para poder manter o preço competitivo.
O smartphone da Oppo dá-nos algumas pistas sobre o OnePlus 7
A título de exemplo, o Oppo F11 Pro utiliza um processador da MediaTek. Mais concretamente, o Helio P70 com uma litografia de 12 nm, um SoC octa-core com uma frequência máxima de processamento a 2,1 Ghz. Já, por sua vez, o telemóvel OnePlus 7 utilizará o SoC Snapdragon 855 da norte-americana Qualcomm.
Mais ainda, no novo telemóvel da Oppo temos uma bateria com 4000 mAh de capacidade, bem como o carregamento rápido proprietário. Já no OnePlus 7 contamos com pelo menos 3700 mAh de capacidade, valor encontrado no atual topo de gama da empresa. O carregamento sem-fios está fora da equação.
Em seguida, a construção em metal e vidro deverá pautar o OnePlus 7, da mesma forma que também carateriza a mais recente aposta da Oppo. Infelizmente, não temos qualquer tipo de certificação IP68 para o tornar imune à água e poeira. Algo que os consumidores têm pedido cada vez mais nos seus novos dispositivos móveis.
cA natural evolução do design dos nossos dispositivos móveis levará, inevitavelmente, ao advento do ecrã completo. Algo brilhantemente ilustrado pelo vídeo acima e, nesse sentido, poderemos ver a mesma evolução no lado da OnePlus. Contudo, para já tudo isto são conjeturas baseadas no passado de ambas as fabricantes.
Sabemos ainda que o próximo OnePlus 7 chegará com suporte para redes 5G. Aliás, sendo esse um dos pontos mais divulgados pela empresa durante o último MWC19. Aliás, algo que só será possível graças à utilização do modem X50 da Qualcomm, parte integrante de toda a plataforma móvel Snapdragon 855.
Em síntese, apesar de existir um histórico comum e inegável, cada empresa tem o seu próprio ADN. Por conseguinte, não podemos saltar já para conclusões precipitadas.