A Huawei revelou que está novamente numa fase de crescimento nos mercados e que voltou a atingir números muito positivos. O seu lucro líquido no ano de 2023 mais do que duplicou (+144,4 %), em termos homólogos, e atingiu os 11,171 mil milhões de euros (87 mil milhões de yuan).
A gigante da telecomunicações chinesa acrescentou ainda que o seu volume de negócios aumentou 9,6%, em termos homólogos, para cerca de 90,497 mil milhões de euros (704,8 mil milhões de yuan), num comunicado divulgado agora e que se foca no seu último exercício financeiro.
Após ter sido alvo nos últimos anos de sanções impostas pelos norte-americanos, a Huawei atribui esta melhoria dos seus resultados à apresentação e disponibilização de uma gama de produtos melhorada, ao aumento da qualidade das suas operações e aos ganhos obtidos com a venda de algumas subsidiárias.
Segundo os dados da Canalys, os telemóveis topo de gama da Huawei conquistaram uma quota de mercado global de 5% em 2023, mais 2% do que em 2022. Isso foi possível graças à nova linha Mate 60 e que gerou grande interesse nos consumidores chineses.
As receitas da empresa também aumentaram em 2023 no segmento “energia digital” (+3,5 %), serviços de computação cloud (+21,9 %) e soluções para carros inteligentes (+128,1 %). Durante a última década, disse o executivo, a Huawei investiu cerca de 1,11 biliões de yuans (142,524 mil milhões de euros) em I&D.
A grande quebra aconteceu por ter sido incluída na lista negra das autoridades norte-americanas em 2019. Isto aconteceu devido às suas alegadas ligações aos serviços secretos chineses, algo que nunca foi provado de forma clara.
Nesse momento, a empresa perdeu o acesso a um aparte vital para o seu negócio dos smartphones. Falamos do Android, o que a obrigou a promover uma alternativa desenvolvida por si própria, denominada HarmonyOS, que hora equipa a (quase) totalidade dos seus equipamentos.