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Harmony OS mais completo: Huawei quer 100.000 apps disponíveis dentro de um ano

A Huawei tem tentado responder aos utilizadores, mostrando que não precisam da Google ou da Apple para ter, no pulso e no bolso, dispositivos tecnologicamente capazes. Em mais uma linha dessa resposta, a empresa quer que, num ano, o seu Harmony OS possua 100.000 aplicações.


Hoje em dia, o mercado é verdadeiramente influenciado pela Google, cujos produtos e serviços são os oferecidos, por predefinição. Contra esta maré tem remado a Huawei, procurando mostrar que há alternativas igualmente capazes, nomeadamente aquelas desenvolvidas por si.

Incluída na lista negra dos Estados Unidos, a Huawei afirmou que pretende lançar 100.000 aplicações para o seu sistema operativo Harmony nos próximos meses, numa altura em que procura alcançar a independência.

A gigante da tecnologia tem mais de 15.000 aplicações baseadas no Harmony OS capazes de satisfazer as necessidades básicas dos consumidores. Contudo, o ecossistema exige mais aplicações personalizadas, segundo Xu Zhijun, presidente da Huawei, numa conferência, ontem (23).

Com base na nossa análise, para que o ecossistema Harmony esteja maduro na satisfação das necessidades dos consumidores, 100.000 aplicações é o marco, e esse é o principal objetivo para os próximos seis a 12 meses.

Revelou Xu, num discurso publicado no WeChat.

Este ambicioso objetivo das aplicações realça a urgência em desenvolver tecnologias internas. Afinal, a China tem enfrentado a tensão exercida pelos Estados Unidos em áreas que vão desde o comércio à tecnologia.

 

Harmony OS é um grito de independência da Huawei

Lançado há cinco anos, o Harmony OS foi desenvolvido, porque “a Huawei foi forçada a acelerar o desenvolvimento do seu próprio sistema operativo”, segundo Xu, devido às sanções dos Estados Unidos.

Embora tenham sido feitos muitos progressos, Xu acredita que “qualquer sistema operativo, por mais avançado que seja, não terá qualquer valor se ninguém o utilizar”.

Na perspetiva de Xu, os programadores poderão trabalhar arduamente para enriquecer a oferta de aplicações, pelo que apelou às agências governamentais, empresas públicas e organizações sociais para que utilizem o Harmony como sistema operativo no trabalho.

A par disso, pediu aos consumidores que fossem tolerantes com a imaturidade do sistema: “Quanto mais pessoas o usarem, mais rapidamente ele se tornará maduro”.

A Huawei investirá inabalavelmente no desenvolvimento do ecossistema Harmony e esforçar-se-á para tornar o impossível possível.

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