Os planos da Mozilla para o Firefox OS eram claros e estavam bem definidos. Estes seria o sistema operativo de equipamentos de baixo custo e que iriam surgir nos mercados emergentes, onde o acesso a estes equipamentos é limitado e acima de tudo caro.
Mas o Firefox OS tem demorado a surgir e a conseguir o seu espaço, grande parte por culpa de ainda não ter conseguido ser lançado de forma definitiva e numa escala muito maior.
O CEO da Mozilla, Chris Beard, terá decidido mudar o rumo e deixar de lado os telefones baratos e passando a concentrar-se na qualidade deste novo sistema operativo.
Toda esta informação terá sido enviada por Chris Beard aos funcionários da Mozilla que estão a desenvolver o Firefox OS, indicando-lhes assim que a nova aposta da empresa será mesmo no Firefox OS e na necessidade de torná-lo numa proposta que possa competir com as restantes ofertas do mercado.
O CEO da Mozilla percebeu que é virtualmente impossível competir com a Google e o seu exercito de marcas que produzem equipamentos low-cost, com preços muito competitivos e que estão já bem presentes no mercado, ponto que a Mozilla ainda não conseguiu.
A mais valia que a Mozilla terá que incluir no seu Firefox OS é mesmo a superioridade tecnológica que conseguirem encontrar e todas as funcionalidades revolucionárias que puderem criar.
Para isso deverá a apostar na utilização dos standards abertos da Internet e na forma simples como ai se criam aplicações para ser a base do seu sistema operativo e das suas aplicações.
O CEO da Mozilla não coloca de lado um modelo que outros estão já a pensar seguir. O mercado de aplicações do Android é apetecível e por isso será natural que também o Firefox OS tenha suporte para correr aplicações Android.
Mas ao contrário do que outras vão fazer, a ideia de Chris Beard é restringir esse suporte a um conjunto bem definido e bem limitado de aplicações core.
O objectivo da Mozilla não é tentar combater a Apple e a Google nos mercados de topo. A ideia é continuar a apostar nas gamas de entrada e média, mas sempre com a ideia de conseguir manter o seu sistema o mais aberto possível aos standards da Internet.
Vão produzir um sistema que será o eleito dos consumidores pela experiência de utilização que consegue dar ao utilizador e não pelo preço a que é comercializado.
Esta mudança do Firefox OS pode representar uma viragem importante para uma nova realidade e finalmente trazer a visibilidade que este sistema precisa.
via CNET