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COVID-19: Portugal pode ter uma nova app “Anti-Covid”

Mais uma app Anti-Covid? Depois de um debate intenso sobre a app STAYAWAY COVID, o primeiro-ministro António Costa recuou e suspendeu o debate sobre a app. No entanto, o assunto está longe de estar encerrado e até podem surgir alternativas à app.

O PSD admite propor uma nova aplicação obrigatória “anti-covid”, mesmo que isso custe alguns direitos dos cidadãos.


Com a pandemia com “sintomas” de descontrolada em alguns países, onde se inclui Portugal, é preciso rapidamente encontrar soluções e definir estratégias. O uso de apps “Anti-Covid” pode ser uma das soluções, pelo menos ao nível da quebra das cadeias de transmissão.

Rui Rio já tinha dito que a sua principal objeção à StayAway Covid era a eficácia, mas Adão Silva, líder parlamentar do PSD, vai mais longe e não exclui que sejam os sociais-democratas a propor a obrigatoriedade de uma aplicação que permita monitorizar contágios com outra eficiência, revela o Expresso.

De relembrar que o líder do PSD tinha-se queixado no twitter que app não o avisou uma vez que tinha estado perto de um infetado (Lobo Xavier no Conselho de Estado). Em resposta, os responsáveis pela app StayAway Covid referiram que a app não funciona da forma como Rui Rio tinha indicado.

PSD pode propor uma nova app “Anti-Covid”

Numa entrevista ao Expresso, o presidente do grupo parlamentar do PSD admitiu que “uma aplicação informática” – que não a StayAway, conforme foi desenhada e articulada – “que fosse eficaz e capaz de prevenir e de combater a Covid” seria “uma questão muito séria” a considerar.

Estou à espera de que a proposta que seja capaz de se fazer no fim [dos trabalhos na comissão parlamentar] seja conciliatória entre os direitos, liberdades e garantias previstos constitucionalmente e, por outro lado, a eficácia prática da medida. E digo mais: se, para termos eficácia, tivermos que diminuir ligeiramente esta proteção, não há problema nenhum. Aquilo que há de mais sagrado em qualquer pessoa é mesmo a vida.

Adão Silva, líder parlamentar do PSD

 

Relativamente à app StayAway, não se mostra confiante de que haja grandes progressos exequíveis.

Afinal como funciona a app STAYAWAY COVID?

Vamos imaginar que o Pedro, o Vítor e o Francisco têm a aplicação instalada e vão tomar um café. Cada um dos seus telefones irá difundir a cada 10 minutos um número aleatório.

Os outros telefones, que estão à escuta, vão registar os números difundidos na sua proximidade e também alguns dados sobre o tempo de duração da difusão e a intensidade do sinal que receberam. Estes números são números propositadamente grandes para que a probabilidade de estarem a ser difundidos dois números iguais seja muito baixa.

Mais tarde, o Francisco desenvolve alguns sintomas e faz o teste à COVID-19. Caso esse teste seja positivo, o médico que valida o diagnóstico, fornece ao Francisco um código de 12 dígitos. O Francisco, caso seja da vontade dele, vai inserir este código na sua aplicação.

Esta por sua vez, usa esse código para depositar num repositório público os números (aqueles que foram gerados de forma aleatória) que o Francisco difundiu nos últimos 14 dias.

É importante sublinhar que todos estes passos são totalmente voluntários e que, mesmo tendo sido atribuído um código ao Francisco, será o Francisco a decidir partilhar ou não os seus números.

Em todo este processo, nem os dados pessoais dos utilizadores, nem qualquer tipo de dados de localização são associados aos números aleatórios difundidos. Assim, o Pedro e o Vítor sabem que tiveram um contacto de risco, mas não sabem onde nem com quem.

Qual a vossa opinião sobre uma nova app?

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