A tecnologia está a avançar a olhos vistos e o mundo tem conhecido coisas que tinha como impossíveis. Aliás, se há 10 anos perguntassem aos peritos como seriam os smartphones agora, muita seria a especulação. Fazendo a pergunta agora, a resposta não é diferente, mas é igualmente interessante.
Aquando da questão, um grupo de peritos respondeu como considera que serão os smartphones daqui a 10 anos.
Há uns anos, um telemóvel ser capaz de se ligar à Internet era absolutamente inovador. Da mesma forma, era surpreendente, caso fosse capaz de tirar fotografias. Hoje em dia, são capacidades mais do que adquiridas e é impensável ter um smartphone que não responda a determinadas necessidades.
Nesse sentido, pela evolução que temos conhecido, o Gizmodo questionou alguns peritos, por forma a compreender o que poderão ser os smartphones daqui a 10 anos.
Em geral, o telefone, tal como o conhecemos, é um artefacto ditado pela tecnologia do início dos anos 2000. Não queremos as caixas negras nas nossas malas e bolsos. Queremos acesso, comunicação e ligação. À medida que a tecnologia avança, o mesmo acontece com a forma e capacidade dos nossos aparelhos.
Disse Audrey Lankford Barnes, professora de design industrial na James Madison University.
Para a professora, o futuro dos smartphones está intrinsecamente associado ao nosso envolvimento enquanto seres humanos. Afinal, “à medida que as realidades virtual e aumentada se tornam mais alargadas e verdadeiras, mais holísticas”, aproximamo-nos de um mundo onde a vida real e as redes sociais – com experiências sonoras, visuais, táteis – se cruzam.
Chegamos a um ponto em que podemos já não precisar de transportar dispositivos.
Referiu Audrey Lankford Barnes.
Por sua vez, Cliff Kuang, UX designer, considera que o caminho é bifurcado.
Este seria um mundo de aparelhos finos – basicamente, dispositivos de interface que não têm necessariamente todo o poder de computação dentro deles, mas que utilizam a nuvem para fornecer as aplicações e serviços de que necessita.
O designer recorda que o mundo migrou de um computador, que era o foco de toda a informática, para um telemóvel.
Em muitos aspetos, o telemóvel quase substituiu ou suplantou o computador de secretária – não o aumentou necessariamente. Essas duas coisas, desktop e móvel, ainda funcionam em paralelo e de forma duplicada. Poderia desempenhar a mesma tarefa em ambos os dispositivos, mas fundamentalmente está a operar em mundos paralelos.
Explicou Cliff Kuang.
Por último, Anthony Reale, professor de design de produto na College of Creative Studies, cujo trabalho se foca na Internet das coisas, cidades inteligentes e sistemas ecológicos inteligentes.
O professor refere que, atualmente, os smartphones interagem com tudo à nossa volta, desde relógios, dispositivos biométricos e dispositivos domésticos inteligentes.
À medida que a tecnologia que outrora se limitava ao smartphone é disseminada para outros produtos, o seu telefone acabará por se tornar a ponte ou interface para o ambiente aumentado de que estamos lentamente a fazer parte. O smartphone, durante a próxima década, tornar-se-á a sua chave para o mundo aumentado do futuro.
Além disso, Anthony Reale explica que há muita coisa a acontecer com a nanotecnologia.
Assim, a plataforma da bateria em si vai permitir que os próprios telefones fiquem mais pequenos e se tornem mais parte da nossa moda quotidiana. A forma e o tamanho do telefone vão ficar absolutamente mais pequenos, trabalhar mais tempo e carregar mais rapidamente.
Se estiver a falar de smartphones em áreas onde existe uma infraestrutura em desenvolvimento – o dispêndio de 5G ou tecnologia de satélite para comunicação bidireccional – existem estratégias completamente diferentes para a forma como a informação se vai mover.
Referiu Anthony Reale, acrescentando que um smartphone será a porta de entrada para a educação, comunicação, e transações financeiras.
Posto isto, qual será, na sua opinião, o futuro do smartphone, em 10 anos?