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Apple justifica a remoção de várias aplicações concorrentes da App Store

A tecnológica de Cupertino removeu da sua App Store várias aplicações que permitiam aos pais saber e controlar o tempo que os seus filhos passavam no dispositivo móvel iOS. Fê-lo ao longo dos últimos meses e de acordo com a nossa peça anterior isto viria a atrair várias atenções indesejadas, e críticas pertinentes.

A Apple não quis, aparentemente, que aplicações de terceiros concorressem com uma função nativa do iOS 12.


Entretanto, as queixas de vários programadores foram-se acumulando. Todas elas, fruto da ação da Apple, afetando diretamente os proveitos que estas podiam render aos seus criadores. Aliás, isto motivou até mesmo uma ação jurídica por parte da Kaspersky face à tecnológica de Cupertino devido a essa exata atitude.

A Apple justifica agora a remoção destas aplicações

Todas elas competiam com o seu “Tempo de Ecrã”, a função introduzida com o iOS 12. A saber, esta funcionalidade permite aos pais controlar o tempo que os seus filhos passam a olhar para o iPhone, por exemplo. Ao mesmo tempo, permite ao utilizador saber quanto e como usa o seu dispositivo móvel iOS.

Assim, com os dedos apontados à Apple perante a remoção reiterada de várias aplicações similares, o caso começou a atrair más opiniões. Nesse sentido, foram várias as fontes a sugerir que a empresa removeu essas aplicações simplesmente pelo fato de concorrem com o “Tempo de Ecrã”, nativo do seu sistema iOS 12.

Entretanto, a Apple já respondeu. Pela mão de Phil Schiller, a explicação prende-se com as preocupações em torno da privacidade do utilizador. O executivo referiu, por exemplo, que algumas das aplicações abusavam do protocolo de gestão do dispositivo móvel (MDM), fazendo-o com o intuito de recolha dos dados do utilizador.

O registo e o controlo do tempo de utilização do dispositivo iOS

Referindo-se ainda a várias aplicações que requeriam demasiados dados para apresentar os pais os dados de utilização dos dispositivos iOS, a Apple preferiu acautelar-se. De acordo com Schiller, esta conduta não podia subsistir na App Store. Desta forma, justificando-se as remoções de várias aplicações do mesmo género.

Aproveitou ainda para dizer que a Apple não rejeitará aplicações que usem métodos menos invadidos, ou controladores. Ainda assim, nas entrelinhas, lê-se a intenção da Apple em não querer serviços efetivamente concorrentes ao seu Tempo de Ecrã.

Note-se que apesar de ser possível criar soluções similares, sem recorrer ao protocolo MDM, o resultado final seria extremamente limitado. Assim sendo, uma aplicação sem acesso a esse protocolo de acesso a vários dados, não seria minimamente útil, ou atraente para o utilizador.

Há boas exceções na App Store

Já, por outro lado, Schiller cita uma boa exceção. A aplicação chama-se Moment – Balance Screen Time e recebeu o aval do executivo da Apple. Uma ótima opção, na App Store, para os pais que queriam saber, de forma simples e eficaz, como é maioritariamente utilizado o dispositivo iOS dos seus filhos, a título de exemplo.

Em síntese, a remoção das várias aplicações ter-se-á prendido com a privacidade do utilizador. Ao mesmo tempo, certo é que a empresa dispensa serviços concorrentes ao que já tem no seu iOS 12. Agora, o utilizador terá ainda mais motivos para utilizar o “Tempo de Ecrã”, em vez de outras soluções.

Entretanto, a Apple já deu a saber que os programadores tiveram 30 dias para encontrar um método alternativo ao MDM.

Costuma tirar proveito desta função nativa do iOS 12?
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