Pplware

Samsung Galaxy Nexus: evolução ou estagnação?

Por Francisco Franco para o PPLWARE.COM

O novo flagship da Google, o Samsung Galaxy Nexus, saiu dia 17 deste mês, em Inglaterra. É o primeiro telemóvel a vir com o novo Android 4.0, mais conhecido como Ice Cream Sandwich.

O entusiasmo relativo a este terminal tem sido enorme, tanto pela nova versão do Android, como pelas suas características a nível de hardware…mas será que em termos técnicos é uma evolução assim tão significativa ao ponto de se ter vindo a criar tanto burburinho à sua volta, ou é, e tem sido apenas uma questão de marketing?

Saiba a resposta, after the break!

O Samsung Galaxy Nexus vem com um ecrã de 4.65 polegadas, com 1280*720 pixéis de resolução (720p), com a tecnologia Super AMOLED HD PenTile com o vidro do ecrã curvo do género do Nexus S. Vem equipado com um dual-core a 1,2 GHz da Texas Instruments OMAP 4460 (ARM Cortex-A9) acompanhado com o GPU PowerVR SGX540 (o mesmo do Nexus S, mas a funcionar a 384 Mhz, praticamente o dobro da velocidade que o do S que está a 200mhz), 1 GB de memória RAM em dual channel. Tem também uma bateria de 1,750 mAh, câmara frontal com 1,3 MP, e a traseira com 5 MP. É capaz de gravar a 1080p, 4G, Wi-Fi a/b/g/n, Bluetooth, GPS, barómetro, NFC, e tem 16 GB ou 32 GB de memória interna.

Depois de se ler tantos termos técnicos e “bonitos” quase que chegamos à conclusão que este telemóvel é um verdadeiro “animal” em poder de processamento. Mas será que a evolução tecnológica é assim tão grande?

Pois bem, há quem diga que sim, há quem diga que não, mas eu defendo que não. E porquê? A inclusão de um chip da Texas Instruments é sem dúvida um ponto muito positivo tendo em conta todas as tecnologias que esse chip tem, mas podiam ter apostado num modelo mais recente que já está disponível há algum tempo, o seu irmão mais velho o OMAP 4470 que já vem com 1,5 – 1,8 GHz de fábrica, em vez do “velhinho” GPU SGX540 vem com um poderoso SGX544 com 384 MHz com um core dedicado para gráficos 2D (podendo muito bem ser aproveitado para renderizar a UI, deixando o core 3D para jogos e aplicações que usam 3D). Ainda vem com a RAM com interface dual channel com os clocks a 466 MHz. Este seria sem dúvida um grande passo em frente face ao seu concorrente da Apple e aos novos terminais que estão a aparecer já com dual cores a 1,5 GHz.

Já para não falar do ecrã, que, apesar de ter resolução HD, é um Super AMOLED, e não um Super AMOLED Plus (que equipa o Samsung Galaxy S2). Usa também a muito criticada tecnologia PenTile com pouca densidade de pixéis. O melhor comparativo em termos da importância da densidade de pixéis é o iPhone. Todos nós já nos maravilhámos com a qualidade do ecrã do iPhone, que tem apenas 3’5 polegadas, mas com a sua resolução 960×640 consegue atingir uma densidade de 326 ppi. Comparando com o ecrã do Nexus que tem resolução 720p, este apenas vem com 316 ppi de densidade!

Não obstante, este novo Nexus é um terminal fantástico, e espero conseguir arranjar um para poder desenvolver nele, pois vai ser provavelmente muito bem recebido pela comunidade de developers.

Considerando toda esta enxurrada de termos técnicos, será que vale investir neste novo terminal da Google? Será que esta evolução em termos de hardware é a que todos esperávamos? Ou será melhor esperar para investirmos em quad-cores que se pensa virem a aparecer no primeiro trimestre de 2012?

Fica aberta a discussão no espaço para comentários abaixo

Exit mobile version